Por Alan Ribeiro
Em um mundo que tantas vezes se perde em conflitos, egoísmo e ressentimentos, somos chamados a nos posicionar de maneira diferente. O apóstolo Paulo, em Gálatas 5, apresenta-nos uma série de orientações para trilhar um caminho de bondade, paz e autocontrole, o que ele chama de “Frutos do Espírito”. Esse chamado é, acima de tudo, um convite a sermos fontes de amor e compaixão, ao invés de nos tornarmos drenos que sugam a energia e a paz dos que estão ao nosso redor.
No contexto do capítulo 5 de Gálatas, Paulo nos lembra da diferença entre viver segundo a carne — os desejos que fomentam a discórdia e o egoísmo — e viver segundo o Espírito, onde a vida é movida pela bondade, pelo amor e pela paz. Quando decidimos ser fonte e não dreno, estamos nos comprometendo a agir de acordo com esses frutos, oferecendo ao mundo o melhor que há em nós.
- O Amor como Base de Tudo
O primeiro fruto do Espírito que Paulo menciona é o amor. Ser fonte é agir com amor em todas as situações, independentemente das circunstâncias. Este amor é generoso, compassivo e busca sempre o bem-estar do outro. A partir dessa postura, tornamo-nos um canal de apoio e encorajamento, inspirando quem nos cerca a também viver de maneira plena.
- Alegria e Paz como Refúgio
A verdadeira fonte de paz e alegria não está nas circunstâncias externas, mas no interior de cada um de nós, guiados pelo Espírito. Ao sermos fonte de alegria, oferecemos uma presença que revigora e tranquiliza, capaz de iluminar até mesmo os dias mais difíceis dos outros. Ser paz em meio ao caos é uma das maneiras mais poderosas de ser fonte, pois essa paz traz consigo esperança e alívio.
- Paciência e Bondade em Ação
Ser paciente e bondoso é uma das atitudes mais desafiadoras em um mundo que constantemente testa nossos limites. Paulo nos convida a sermos fonte de bondade, respondendo com compreensão e respeito. Ser fonte significa sustentar a paciência quando o mais fácil seria reagir com impaciência, gerando harmonia onde poderia haver ruptura.
- Fidelidade, Mansidão e Autocontrole como Testemunho de Caráter
A fidelidade reflete nosso compromisso com valores, com promessas, e, acima de tudo, com o que acreditamos. A mansidão não é sinal de fraqueza, mas sim de um espírito forte que escolhe responder com serenidade. Já o autocontrole é a base que nos mantém firmes, evitando que impulsos negativos nos guiem. Ser fonte implica ser exemplo, guiando outros não pelo que dizemos, mas pelo que fazemos.
Em resumo, sermos fontes significa transbordar os frutos do Espírito para aqueles ao nosso redor. Nosso papel como cristãos é o de fazer a diferença, não sendo meros espectadores, mas agentes de transformação. Escolher ser fonte e não dreno é mais do que uma simples decisão — é um compromisso com uma vida em Cristo, com os valores que moldam nossa alma e impactam o mundo.
Sejamos, então, fontes de amor, alegria e paz, para que aqueles que nos encontrarem possam sentir-se renovados e inspirados.