Equatorial Goiás apresenta plano de ação para enfrentamento do calor e antecipa estratégias para atuação no período chuvoso

O crescimento no número de queimadas próximas da rede elétrica e os efeitos do calor excessivo para a qualidade do fornecimento de energia elétrica, foram alguns dos temas abordados na manhã desta quarta-feira (18), durante um evento promovido pela Equatorial Goiás para jornalistas de várias regiões do estado. Na sede da concessionária em Goiânia foram apresentadas as ações já adotadas para o combate aos incêndios e o plano operacional para o período de chuva.

Durante o evento, o superintendente Técnico da distribuidora, Roberto Vieira, detalhou aos veículos de comunicação a atuação da concessionária frente às queimadas. De janeiro a setembro deste ano, a companhia registrou cerca de 750 ocorrências de incêndios próximos da rede elétrica. Um aumento de mais de 300% em comparação com o mesmo período do ano passado. “A distribuidora acompanha extremamente preocupada a escalada de casos de queimadas com graves consequências para a rede de distribuição. Equipamentos novos estão sendo danificados e cabos rompidos com as ações criminosas e prejudiciais ao meio ambiente”, afirma o superintendente.

Mapeamento da companhia mostra casos de queimadas em 100 municípios. Foram 614 casos somente nos últimos dois meses, enquanto que neste período, em 2023, foram 137 casos. As cidades com os maiores registros são: Aparecida de Goiânia, Anápolis e Cachoeira Alta. “A fumaça produzida pelos incêndios carrega impurezas, fuligem e outros materiais que prejudicam os cabos e isoladores instalados nos postes e são fundamentais para o adequado funcionamento do sistema elétrico”, destaca Vieira.

O superintendente reforçou ainda a necessidade de investigações detalhadas com base em laudos técnicos, para comprovar a origem do fogo e punir os responsáveis pelos atos criminosos. “É importante lembrar que provocar queimadas, tanto em área rural quanto urbana, é crime com pena de 1 a 4 anos de reclusão, além de gerar multa para quem realizar esse tipo de prática”, salienta Vieira.

CALOR E CONSUMO DE ENERGIA

Além das queimadas, as temperaturas elevadas também influenciam no consumo de energia em todo país. Em Goiás não é diferente. Durante o encontro, a companhia apresentou um levantamento que mostra um aumento de 14% no consumo de janeiro a agosto de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023 no estado. Economizar é fundamental para evitar uma fatura mais cara.

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“Em épocas quentes, como temos enfrentado, é vital adotar medidas para o consumo consciente de energia elétrica. Atitudes simples auxiliam no bom funcionamento do sistema. O ar condicionado é um exemplo claro. Nos períodos mais quentes esse equipamento gasta bem mais energia do que o normal. Como ele fica ligado muitas horas diariamente, o impacto na conta de energia pode ser muito alto. Um ar-condicionado do tipo split, com potência entre 10.001 e 15.000 BTU’s, gasta aproximadamente R$ 196,38 ao mês, operando 8 horas diárias e em condições normais de temperatura. Nos períodos de calor extremo esse consumo pode facilmente dobrar, por isso o seu uso requer atenção. Uma alternativa mais econômica é o ventilador de teto, que gasta cerca de R$ 17,76 mensais pelas mesmas 8 horas de uso, um custo 11 vezes menor do que do ar-condicionado”, explica o executivo de Faturamento da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva.

PLANO OPERACIONAL PARA A CHUVA

Com a previsão de chuva para as próximas semanas, a Equatorial Goiás já trabalha em um plano operacional para o enfrentamento aos vendavais e tempestades. Através de uma central de monitoramento do clima, dentro da companhia, técnicos recebem alertas em tempo real de meteorologistas. Os avisos ajudam a definir as estratégias para minimizar os impactos das adversidades do clima na rede de distribuição.

Para este ano, durante o período de chuva, quase 1.500 equipes estarão de prontidão no estado atuando no atendimento das ocorrências, o número representa um incremento de 103% no efetivo em comparação com períodos considerados normais. Com isso, a distribuidora reforça seu compromisso no atendimento de qualidade nos casos em que podem haver interrupções no fornecimento de energia elétrica.

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A intensidade dos ventos é um dos motivos de alerta para a companhia, já que provoca graves danos ao sistema. Durante um vendaval, árvores e galhos são arremessados contra a rede de energia.Em todo ano passado, quase 4.500 postes foram derrubados em função de ventos fortes. “Quando um poste cai, ele não apenas interrompe a eletricidade, ele pode também danificar cabos, transformadores e outros componentes essenciais da rede. A reconstrução é um processo complexo, pois exige a substituição completa dos postes e a reinstalação dos equipamentos danificados”, explica o gerente do Centro de Operações Integradas (COI), Vinicyus Lima.

A quantidade de raios também é monitorada dentro do COI em parceria com institutos de meteorologia. Foram 14 milhões de descargas atmosféricas somente em 2023 na área de concessão da Equatorial Goiás, responsáveis por aproximadamente 20% das interrupções no fornecimento de energia, além de ocasionarem curtos-circuitos, danos a equipamentos e até mesmo acidentes fatais.

FOCO NA RECONSTRUÇÃO

O enfrentamento aos cenários extremos no clima acontece através do trabalho ininterrupto da concessionária em um grande plano de reconstrução do sistema elétrico. Em 2024, as atividades de manutenções receberam um incremento de 41%. Foram feitos mais de 135 mil km de inspeções detalhadas na rede, além de quase cinco mil inspeções em subestações. O objetivo foi identificar pontos críticos e implementar ações assertivas que trarão maior confiabilidade à rede. Foram corrigidos 164 mil pontos na rede, com a manutenção de equipamentos para torná-los mais eficientes, garantindo maior estabilidade no fornecimento de energia; realizadas 403 mil podas de árvores próximas à rede elétrica; 4,3 mil km de limpeza de faixas, fundamentais para a segurança da rede na zona rural, e quase duas mil limpezas de subestações, essenciais para garantir a segurança, confiabilidade e eficiência do sistema.

Em 2024, a companhia entregou importantes obras que garantem mais qualidade e eficiência ao sistema elétrico. Uma delas é a nova Subestação Pirenópolis e que agora dispõe do dobro da capacidade da antiga estrutura. A unidade foi totalmente reconstruída em tempo recorde, em apenas cinco meses, mostrando o compromisso da empresa com o desenvolvimento do Estado. Outro exemplo é complexo JK Jataí, composto por uma nova subestação e uma linha de distribuição de alta tensão (LDAT), que beneficiam mais de 70 mil clientes de Jataí, Rio Verde, Serranópolis e Chapadão do Céu. A inauguração ocorreu no mês de julho e praticamente dobra a oferta em Jataí.

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AVANÇO NO TRABALHÔMETRO

No trabalho de reconstrução do sistema elétrico de Goiás, foram investidos mais de R$ 2 bilhões na área de concessão somente em 2023. A companhia entregou cinco novas subestações, modernizou e ampliou 161 unidades. Um exemplo é a ampliação e modernização da Subestação São Miguel, em São Miguel do Araguaia. A unidade recebeu investimentos de aproximadamente R$ 4 milhões e beneficiará todo o município, que terá mais disponibilidade e confiabilidade no fornecimento de energia. A concessionária construiu também seis novas linhas de distribuição de alta tensão, além da reforma de outras quatro.

No primeiro semestre de 2024, foram concluídas mais de 160 mil obras, 99% além do programado. No segundo trimestre deste ano, as metas foram superadas em 152%. Já no terceiro trimestre, 65% das obras previstas foram concluídas e quase 71 mil finalizadas.

As ações podem ser acompanhadas em tempo real pelo Trabalhômetro, uma plataforma pioneira entre as distribuidoras do país. Acesse em: https://trabalhometro-equatorialgo.com.br/ .

Sobre a Equatorial Goiás
A Equatorial Goiás é uma empresa que pertence ao Grupo Equatorial, uma holding brasileira do setor de utilities, sendo o 3º maior grupo de distribuição de energia do País, com 7 concessionárias que atendem mais de 56 milhões de pessoas. Somente em Goiás são cerca de 14 milhões de pessoas atendidas, localizadas em 237 municípios do Estado e abrangendo 98,7% do território estadual, com cobertura de uma área de 336.871 km².

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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