Bom dia!
Texto Base: Ester 4:16 – “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim; e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite; eu e as minhas servas também jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci.”
1. O Contexto do Jejum de Ester
O livro de Ester narra a história de uma jovem judia que se tornou rainha da Pérsia e foi usada por Deus para salvar o seu povo da destruição. Quando o plano maligno de Hamã, o inimigo dos judeus, foi revelado, Ester tomou a decisão de se aproximar do rei para interceder por seu povo. No entanto, ela sabia que se aproximar do rei sem ser chamada poderia significar sua morte. Diante dessa situação, Ester pediu ao seu povo que jejuasse por três dias.
Aqui vemos o jejum sendo usado como um meio de se preparar espiritualmente para enfrentar uma situação de grande risco e incerteza. O jejum, nesse caso, era um ato de total dependência de Deus, buscando Sua intervenção e favor.
2. Jejum: Uma Fome por Deus
O jejum é, fundamentalmente, uma expressão de nossa fome por Deus. Quando jejuamos, estamos declarando que o desejo de estar em comunhão com Deus é maior do que o desejo por alimento físico. Em Mateus 4:4, Jesus diz: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” Assim como o corpo precisa de alimento para sobreviver, nossa alma necessita da presença de Deus para viver de forma plena.
No caso de Ester, ela não buscava apenas uma solução para o problema que seu povo enfrentava; ela buscava a presença e a direção de Deus em um momento crucial. Seu jejum era uma demonstração de sua fome por Deus, um clamor por Sua ajuda e orientação.
3. Jejum: Aproximação de Jesus
Jejuar é uma forma de nos aproximarmos de Jesus. Quando nos abstemos de algo tão essencial quanto a comida, criamos espaço em nossas vidas para focar em Jesus e em nosso relacionamento com Ele. No Novo Testamento, vemos que Jesus jejuou por 40 dias no deserto antes de iniciar Seu ministério público (Mateus 4:1-2). Esse jejum foi um tempo de preparação, em que Jesus se fortaleceu espiritualmente para enfrentar as tentações e cumprir a missão que estava diante Dele.
Da mesma forma, o jejum de Ester foi um tempo de preparação e consagração. Ela sabia que, ao jejuar, estava se colocando numa posição onde poderia ouvir claramente a voz de Deus e ser fortalecida para a tarefa que a aguardava. O jejum a aproximou de Deus e a capacitou a agir com coragem e sabedoria.
4. Jejum: Mudando as Circunstâncias
O jejum também tem o poder de mudar as condições e circunstâncias ao nosso redor. Quando Ester e o povo jejuaram, Deus interveio poderosamente. O rei não só aceitou a presença de Ester, como também deu a ela favor e graça. O decreto maligno de Hamã foi revertido, e os judeus foram salvos da destruição.
Isso nos mostra que o jejum, aliado à oração, pode trazer mudanças significativas em nossas vidas. Quando buscamos a Deus com sinceridade e intensidade, Ele ouve nosso clamor e age em nosso favor. Em Isaías 58:6, o Senhor diz: “Não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras do jugo, e deixes livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?” O jejum verdadeiro leva à libertação, cura e restauração.
5. Conclusão
O jejum é uma prática espiritual poderosa que nos ajuda a nos aproximar de Deus, demonstrar nossa fome por Sua presença e buscar Sua intervenção em nossas vidas. O exemplo de Ester nos ensina que, em momentos de crise, o jejum pode ser um meio de buscar direção, força e mudança de circunstâncias.
Que possamos seguir o exemplo de Ester, jejuando não apenas por respostas, mas por um desejo profundo de estar mais próximos de Deus, de ouvir Sua voz e de ver Suas mãos operando em nossas vidas. Ao jejuar, estamos dizendo a Deus que Ele é mais importante do que qualquer outra coisa, e confiando que Ele é capaz de mudar até mesmo as situações mais difíceis.