Daniel Mastral, escritor ex-satanista é encontrado morto

Aos 57 anos, o escritor Daniel Mastral foi encontrado morto no quintal de casa em Barueri, São Paulo, na noite de domingo (4). De acordo com a Polícia Civil, ele foi encontrado com um ferimento na cabeça. Mastral, cujo nome de batismo era Marcelo Agostinho Ferreira, ganhou notoriedade com o livro Filho do Fogo, em que narra suas experiências da época em que era adepto ao satanismo.

Figura frequente em podcasts, o escritor se apresentava como ex-satanista convertido ao cristianismo. Em fevereiro deste ano, Daniel contou que decidiu abandonar o satanismo após ser instruído a fazer um sacrifício humano.

A causa da morte de Daniel está sob investigação. A polícia informou que moradores da região ouviram um “estampido” antes de encontrar o corpo.

Em 2018, Daniel perdeu o filho Mikael Mastral, aos 15 anos. Três anos depois, ele perdeu também a esposa, Isabela Mastral, vítima de uma parada cardíaca.

Exorcismo

Mastral afirmou que já havia passado por um exorcismo após largar a seita pagã porque foi instruído a “ter que matar uma criança”. “Eu já tinha ouvido falar disso, mas eu nunca tinha visto.Eu sou incapaz de matar um passarinho. E eu ia ter que matar uma criança”, disse em fevereiro.

Na época, ela disse que uma namorada evangélica o levou para a igreja e que ele havia feito um feitiço pra matar o pastor, mas que não funcionou. “O cara bateu o carro, mas não sofreu um arranhão. A sensação que eu tinha é que eu não podia tocar nele, que se eu tocasse, eu caía”.

“Ele me chamou e falou: ‘Posso orar por você, rapidinho, uma oração? Eu só lembro de uma mão vindo na minha direção. Ele orou por mim, eu caí e me debati. Foi tipo um exorcismo”. Mastral depois soube que, naquela ocasião, a oração que seria rapidinha, durou três horas.

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O teólogo finalizou destacando que depois de abandonar o satanismo começou a ser ameaçado. “Os meus bichos morreram. Eu fugi no dia que eles disseram que estariam na minha casa. No último contato que eu tive com eles, fiz um juramento de nunca contar nada do que eles fazem. Combinei: ‘vou preservar os segredos e vocês me esquecem’. E assim foi feito”, concluiu.

Da Redação – Foto: Reprodução

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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