A pergunta de 1 milhão de euros: a base governista vai apoiar o senador Wilder Morais, o empresário Sandro Mabel ou o senador Vanderlan Cardoso para prefeito de Goiânia?
Sabe-se que o governador Ronaldo Caiado, do União Brasil, um político pragmático — que, como todos os vencedores, aprecia ganhar —, tem simpatia pelo senador Wilder Morais, do PL. Há quem postule que poderia lançá-lo para prefeito de Goiânia.
Durante certo tempo, Wilder Morais manifestou interesse pela Prefeitura de Goiânia. No momento, há uma barreira — o deputado federal Gustavo Gayer, do PL, que é darling tanto do ex-presidente Jair Bolsonaro quanto de Michelle Bolsonaro. Diz-se, à boca miúda no PL, que o entusiasmo do parlamentar pela disputa é próximo de zero, dada sua dificuldade de buscar apoio, alianças. Porém, ao mesmo tempo, parece interessado na glória da disputa, avaliando que tem chance de ser eleito e, aí, poderia se tornar o mini-Bolsonaro da direita no Cerrado.
Sem Wilder, andou-se atrás de Jânio Darrot, o prefeito de Trindade. Boa gente, boa praça, amigo de todos, político que cumpre compromissos (portanto, de confiança). Mas não parece empolgar a cúpula governista, que talvez não veja nele um páreo consistente para Vanderlan Cardoso, do PSD.
Fala-se também na possibilidade de uma composição com Vanderlan Cardoso. Difícil? Muito. Impossível? Talvez não. O realismo ensina que às vezes é necessário “dormir” com o inimigo menos terrível. Em Goiânia, Adriana Accorsi, por ser do PT, talvez seja a grande adversária da base governista, sobretudo porque representa Lula da Silva — possível adversário de Ronaldo Caiado na disputa pela Presidência da República, em 2026, daqui a dois anos e seis meses (um pulinho, como dizia Tancredo Neves, que, eleito governador de Minas, em 1982, já pensava na Presidência, em 1985).
Vanderlan Cardoso trai? Por certo, trai. Mas, de repente, pode trair menos, ou parar de trair. É uma perspectiva possível e racional.
Mas pode-se encontrar um combatente para Vanderlan Cardoso, com experiência administrativa? Pode ser o caso de Sandro Mabel, que já foi candidato a prefeito de Goiânia. Perdeu, mas não fez uma campanha ruim. No passado recente, teve alguns enfrentamentos com Ronaldo Caiado, porém nada cristalizado. O presidente da Fieg e Ronaldo Caiado estariam conversando. O ex-deputado federal estaria propenso a filiar ao União Brasil na segunda-feira, 1º.
De repente, Sandro Mabel pode se tornar o candidato do MDB — ou do União Brasil — a prefeito de Goiânia. Inclusive com Ana Paula Rezende na vice. Ou Pedro Sales. Ou Romário Policarpo.
Fonte: Jornal Opção