O mega negócio do Evangelho

Bom dia!

Li em um site evangélico uma reportagem pedindo oração por uma cantora brasileira que está sendo evangelizada por um pastor. Chamou-me a atenção o fato de que a referida cantora usa expressões comuns dos crentes para comunicar-se com seu público durante os shows. Expressões tais como “a nossa apresentação vai continuar e tudo vai dar certo porque o Sangue de Cristo tem poder” e “Deus vos abençoe ricamente.”

Até aprecio o trabalho em compartilhar o evangelho da salvação que muitos homens e mulheres de Deus fazem no meio artístico, mas o que precisam mesmo é ouvir o Evangelho do Reino. É fato, muitos “destes famosos” têm se convertido genuinamente ao Senhor, e depois de muitos anos têm demonstrado uma vida de testemunho e uma vida pautada pela Palavra de Deus. Outros se tornam evangélicos apenas por modismo nesta onda de constantinização moderna. Transferem sua fama suja para a igreja, baseada em sua vida corrupta e perversa, e são disputados em programas evangélicos e em igrejas em busca de audiência e frequência.

O que me chamou a atenção não foi o uso das expressões conhecidamente evangélicas, mas a soma de muitos fatos relacionados a outros artistas e cantores que se dizem cristãos, e como milhares de evangélicos de fato são, porém nominalmente.

Há quem apresente um programa pornográfico de TV e se diga “crente” e é membro de uma “igreja evangélica” inclusive. Há um conjunto que se apresenta em shows mundanos e programas de TV cantando músicas seculares imorais e são “crentes”. Há atores e atrizes que se beijam em cenas de novelas, protagonizando triângulos amorosos e fazendo papéis que a Bíblia ordena “nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos” que são “crentes”. Afinal de contas qual é o problema de trabalharem em novelas, se mais de 70% dos evangélicos as assistem diariamente, as produzidas pelo canal de TV de propriedade de pentecostais, inclusive?

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A Bíblia, porém declara: “Não vos comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes as condenai”.

Deixa-me ir direto ao assunto: se a outra artista famosa que foi recém-batizado ainda rebola, dança axé e tudo o mais, pode até ser evangélica, mas ainda tem testemunho e vida que indique que não nasceu de novo. Ninguém que ainda vive na prática do pecado nasceu de novo.

“Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; porque a Sua semente permanece nele, e não pode pecar, porque é nascido de Deus.”

E o que dizer dos pregadores que aceitam somente convites onde suas demandas financeiras e contratuais são aceitas, tais como hotéis de certa categoria, venda estipulada de seus produtos e pagamento de “oferta” mínima? O que dizer dos cantores gospel que cobram cachês de igrejas, alguns deles até continuam tendo a mesma vida devassa de antigamente e apresentam em igrejas e mais igrejas, endossados pela ingenuidade de muitos pastores?

A cantora pode clamar o sangue de Cristo duas mil vezes, que fazendo o que faz no palco e cantando o que canta; suas palavras não passam de jargões evangélicos.

O pregador famoso que prega em todo o Brasil e no exterior, e que há alguns meses atrás cobrou três mil reais para fazer uma cruzada, e quase “depenou” o pobre pastor que não conseguiu levantar o dinheiro para “pagá-lo”, pode até pregar muito bem, mas não passa de um mercenário da fé e um “pentecostal” hipócrita. E o pastor que o convidou precisa se arrepender além de deixar de ser bobo.

E o cantor e a cantora gospel que procedem com tais práticas são “levitas de aluguel”, “paquitos e chacretes evangélicos” que conhecem somente o átrio do templo de Herodes onde os mercadores vendiam seus produtos.

Para milhares a Pregação do Evangelho tornou-se uma profissão e deixou de ser a Pregação do Evangelho da Cruz para tornar-se apenas um produto de comercialização.

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A Mensagem da Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo tem sido aviltada pelos neologismos e “invencionices” desta geração fraca e pobre de pregadores. Pregadores de um “evangelho” de conveniências que desconhecem a Cruz e a Santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Pregadores de um “evangelho” de vendilhões do templo que desconhecem a Graça das Palavras de Jesus: “De Graça recebei, de Graça dai”!

Não venham me dizer de que “é digno o obreiro de seu salário” como desculpa para suas cobranças de cachês, contratos publicitários e acordos comerciais! O obreiro é digno de seu salário, mas não o comerciante do Evangelho nem o mercantilista da fé. E o artista pode cobrar pela sua apresentação, mas não chame sua reunião de Igreja.

“Deixe o ímpio o seu caminho e se CONVERTA AO SENHOR” é a mensagem do Juiz de toda a Terra. Sem conversão não há salvação. Sem testemunho – frutos dignos de arrependimento – o machado que está posto à raiz da árvore vai trabalhar direitinho.

I João capítulo 3 ainda é a Escritura de Deus! Aquele que vive na prática do pecado ainda não nasceu de novo nem sequer conheceu a Deus. Ainda pertence ao Diabo! Seja cantor, pastor, pregador, crente e quem quer que seja!

A coisa está muito esquisita! As referências e padrões bíblicos de nossos pais na fé há muito já foram desprezadas.

Estou cansado desta mega empresa e deste mega negócio que se tornaram a igreja evangélica brasileira e a americana onde a maioria destas empresas de produção musical, igrejas empresas, etc. abarrotam-se de lucros em nome do louvor e adoração a Deus. Lucros para si mesmos como qualquer corporação capitalista; empresas e empreendimentos são do mundo, e no mundo agimos segundo seus métodos, estruturas e propriedades.

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Entretanto, existem empresas e empreendimentos do Reino neste mundo que seguem princípios e cujos objetivos são para o Reino e não para o mundo. Esta igreja-empresa mundana, onde centenas e milhares de seus pregadores levantam ofertas oferecendo a multiplicação do dinheiro e a prosperidade, o paraíso na terra e as bênçãos gratuitas de Deus em troca de muito “cash.” Protagonizam a versão moderna da venda das indulgências! Seus líderes em muitas denominações são opressores dos pobres pastores que precisam bater todo o mês a cota de dízimos de suas congregações!

Enquanto a igreja católica comercializa ídolos dos santos eles comercializam a si mesmos, suas imagens farisaicas e seus sermões repetidos. Esta raça de hipócritas deveria deixar de fantasiar e passar a tratar as coisas de Deus a sério. Sua linguagem é o lucro e a transação comercial seu sangue. Contratos e ofertas: se não receberem não cantam, não pregam, não fazem o show. Gente morna que o Senhor vai vomitar de Sua boca se não se arrepender.

No Evangelho não cabe empresários nem profissionais do Evangelho. O Evangelho não é negócio, definitivamente!

Ah! Que o Senhor levante pelo menos 12 João Batistas para desmascarar esta farsa que é a igreja evangélica brasileira. Que Deus levante Luteros de outra estirpe dentro da igreja católica apostólica romana não para reforma-la, mas para tirar o povo de Deus desta Babilônia mal cheirosa, tão Babel quanto as suas filhas protestantes, netas evangélicas, bisnetas pentecostais e trinetas neopentecostais.

Que o Senhor tenha misericórdia destes artistas e atrizes famosos para que venham conhecer o Verdadeiro Evangelho que anuncia a Salvação pela Graça, por meio da Fé em Jesus, através do Arrependimento. Mas que conheçam a Jesus Cristo Rei e Senhor, pelo Evangelho do Reino.

“Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus.” Se não nos arrependermos não escaparemos da ira do juízo de Deus.

Josimar Salum

ASONE

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Alan Ribeiro
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