Cuidado com o que os seus olhos vêem e com o que o seu coração deseja.

Essa insatisfação crônica pode ser um poço sem fundo, um abismo tão profundo como o inferno.

O inferno e o abismo nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem (Pv 27.20).

O inferno e o abismo são uma espécie de buraco negro, um poço sem fundo. Jamais se fartam. Nunca deixam de avidamente quererem tragar mais e mais. São insaciáveis. Assim são os olhos humanos; nunca se satisfazem. Uma pessoa vê e cobiça, e nessa cobiça não há limites.

Porque Eva viu o fruto proibido, desejou-o, tomou-o, comeu-o e o deu a seu marido. Porque Acã viu uma barra de ouro, escondeu-a, e esse objeto roubado foi a ruína de sua casa. Porque Davi viu Bate-Seba banhando-se, cobiçou-a, adulterou com ela e arruinou, por isso, sua própria família. A cobiça dos olhos é um desejo forte. E esse desejo forte torna-se uma paixão avassaladora. Foi a insatisfação que levou Eva a sentir-se infeliz num jardim cercado de delícias. Foi a insatisfação que levou o filho pródigo a pedir ao pai antecipadamente a herança e partir para um país distante. A insatisfação crônica com o que se tem e a cobiça ardente pelo que se não tem são as causas de muitos desastres.

Cuidado com o que seus olhos veem e com o que seu coração deseja. Essa insatisfação crônica pode ser um poço sem fundo, um abismo tão profundo como o inferno.

Um domingo de bençãos!

Shalon! Shalom!

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Alan Ribeiro
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