Auxiliar de Caiado cobrou de ambos “honestidade intelectual”. Secretário de Comunicação questiona parcialidade dos economistas: “É só ver a quais interesses sempre estiveram ligados”
O secretário estadual de Comunicação, Gean Carvalho, não se conteve diante da parcialidade de Henrique Meirelles e Cristiane Schmidt e rebateu de forma contundente os posicionamentos do ex-ministro da Fazenda e da ex-secretária de Estado da Economia, respectivamente. “Se são a favor da reforma é mais um motivo para Goiás ser contra. É só ver a quais interesses sempre estiveram ligados”, frisou o auxiliar em apoio ao governador Ronaldo Caiado, uma das principais vozes contrárias às incertezas do texto da matéria.
Além de assinarem manifesto favorável à reforma tributária em discussão na Câmara dos Deputados e deve ser votada nesta quinta-feira (6), os economistas alegaram, em entrevista ao O Popular, que Goiás não perde com a reforma tributária. “Falar que Goiás não terá perdas é zombar da inteligência dos goianos. O próprio vice (Geraldo) Alckmin admitiu isso. Se não tivesse perdas, porque então há a proposta de fundo de compensação?”, contestou Gean. “Você só propõe compensar quando há perdas”, frisou.
Neste sentido, Gean reconheceu como legítimo Meirelles e Cristiane Schmidt saírem em defesa da reforma, mas cobrou de ambos “honestidade intelectual”. Sobre o ex-ministro, Gean foi além. “Em sua longa vida, é incapaz de apontar algo que tenha feito pelo estado”. O titular da Secom também observou que não se trata de uma posição só de governo, “mas de todo o setor produtivo do estado”. “Se a reforma fosse boa pra Goiás, entidades como Adial e Acieg estariam a favor”, finaliza.
Caiado rechaça diversos pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com a criação de um conselho federativo, que vai definir os repasses de recursos aos estados e municípios e limitar ação dos gestores eleitos. No entender do governador, a matéria do jeito que está somente interessa e traz efeitos positivos para algumas entidades empresariais, que representam grandes indústrias e as tradings que atuam com operações de compra e venda de ativos no mercado financeiro.
Desemprego, informalidade e o reajuste na cesta básica são outros efeitos negativos apontados pelo governador. Gean Carvalho alerta que, por sua força política, o governo federal terá maioria no Conselho Federativo, que definirá a distribuição de recursos e endossa Caiado. “Dizer o contrário é acreditar em Boitatá, em conto da carochinha, é não conhecer a política na vida real. O mesmo vale para os tais fundos. Qual fundo de compensação já funcionou no Brasil?”.