Recomendação dos técnicos da Secretaria de Estado da Saúde é que crianças e adultos estejam imunizados contra tétano, febre amarela, gripe e Covid-19 antes de pegarem a estrada
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), faz um alerta para as pessoas que vão curtir a temporada Rio Araguaia 2023. A atualização do cartão vacinal deve fazer parte do planejamento da viagem para crianças e adultos.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, pede que as famílias se preparem para as férias com a vacinação de todas as faixas etárias. “Tivemos caso recente de tétano acidental no estado, e as doenças respiratórias continuam afetando crianças e adultos. Não podemos descuidar daqueles que amamos e com o próximo”, salienta.
Oito municípios são banhados pelo rio Araguaia: Aragarças, Aruanã, Baliza, Britânia, São Miguel do Araguaia (distrito de Luiz Alves), Santa Rita do Araguaia, Montes Claros de Goiás e Nova Crixás (distrito de São José dos Bandeirantes). A estimativa do governo estadual é que essas cidades recebam cerca de 1 milhão de turistas nos meses de junho e julho.
Apesar do ambiente aberto dos acampamentos, as aglomerações são frequentes, por isso a necessidade das vacinas contra a influenza e Covid-19. Já em relação ao tétano, o alerta recai sobre os acidentes em pescarias e ao andar descalço pelas praias. A contaminação pode se dar em ferimentos superficiais ou profundos causados por materiais perfurocortantes, como metais enferrujados, madeira, espinhos, vidro ou outros objetos contaminados presentes no solo.
A principal forma de prevenção do tétano é a imunização na infância, com a vacina antitetânica. O esquema vacinal completo, recomendado pelo Ministério da Saúde, é de três doses, no primeiro ano de vida, com reforços aos 15 meses e quatro anos de idade. Adolescentes e adultos devem tomar a dose de reforço a cada dez anos. Em caso de ferimentos graves ou gestação, deve-se antecipar a dose de reforço caso a última dose tenha sido há mais de cinco anos. A vacina não tem contraindicação e está disponível em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
No caso da febre amarela, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, em área urbana, e o Haemagogus, em área silvestre, há a possibilidade de um novo ciclo de circulação da doença em Goiás para 2023. Isso ocorre quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão, como temperaturas elevadas e chuvas, baixa cobertura vacinal e, eventualmente, novas linhagens do vírus. A vacina contra a febre amarela é feita aos 9 meses de idade e depois um reforço é feito aos 4 anos. Para o adulto não vacinado, apenas uma dose é necessária para a imunização.
Números
Tétano – Goiás registrou, desde 2018 até abril de 2023, 28 casos de tétano acidental, dos quais seis evoluíram para óbito. Em relação à vacinação, a cobertura está em 67,21% (menor de 1 ano) para a pentavalente, 47,79% para a DTP e 50,19% para dTpa gestante.
Febre amarela – Neste ano, não há casos ou óbitos confirmados por febre em Goiás. O último foi registrado em 2017, que evoluiu para óbito. A cobertura vacinal para criança menor de 1 ano de idade, em 2023, está em 61,06%. Desde de 2013, Goiás não bate meta de vacinação preconizada pelo Ministério da Saúde contra a doença.
Covid-19 – Goiás registra, neste ano, 862 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por Covid-19, com 208 óbitos. Desses, 158 são de idosos.
Influenza – O número de casos de Srag por influenza em Goiás é de 509, com 47 óbitos. Desses, 20 são de idosos. A cobertura vacinal dos grupos prioritários está em 52,41% neste ano.
Foto: Goiás Turismo
Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás