Diretor da ABC sobre a mudança para o CCON: “O fim do elefante branco”

Salas vazias no CCON (Foto: ABC)

Com transferência, Secretaria de Saúde criaria a Cidade Inteligente, concentrada em apenas um local, diz ele

O diretor de Teleradiodifusão da Agência Brasil Central (ABC), Rafael Vasconcelos, diz que a mudança da sede para o Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) daria utilidade ao local, que sempre foi, segundo ele, um elefante branco”.

Ele lembra que a atual sede da ABC foi inaugurada em 1983, período histórico em que a comunicação era completamente diferente dos dias atuais. Ao longo dos anos, o prédio foi adaptado várias vezes para se adequar aos novos tempos, segundo o diretor.

Um dos questionamentos a respeito da mudança é que o CCON não possui altura suficiente para comportar os estúdios, uma tese ultrapassada.

Rafael cita a opinião do engenheiro Edson Ribeiro Batista, responsável pela montagem e manutenção das principais TVs do estado: o pé direito duplo era necessário por causa da iluminação quente. Hoje, é composta por lâmpadas de LED, o que traz economia e facilidade para o acerto dos ambientes. Além disso, as câmeras HD e 4K dão amplitude aos ambientes.

Outra desinformação, ainda de acordo com o diretor, é que a transferência da estrutura é de que milhões seriam desperdiçados. “Mais uma falácia”, rebate ele.

“Todas as câmeras, equipamentos de switcher e demais itens serão levados e montados no novo local, até mesmo boa parte do revestimento acústico será aproveitada”, explica.

Outro argumento a favor é do arquiteto da ABC, Alan Kardec: “ A mudança será uma oportunidade de modernizar e dar uma visão futurista ao complexo de comunicação”.

Outro aspecto muito importante é que, pela primeira vez, as ações da cultura serão divulgadas sistematicamente, todos os dias. A TV e as rádios vão viver o CCON, a agenda de shows, eventos, o museu e o Palácio da Música, diz Rafael.

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“Será um movimento que vai projetar artistas. Um dos auditórios será usado rotineiramente para apresentações musicais e artísticas”, garante.

Rafael cita também a opinião do presidente do Sindicato dos Músicos de Goiás, Moka Nascimento: ”O projeto vai garantir à categoria um incentivo jamais visto e experimentado desde o início do estado”.

A opinião, segundo o diretor, é compartilhada pelo diretor de Eventos da Associação dos Músicos de Goiás, Gilberto Correia: “O espaço hoje é subutilizado”, a mudança “é bem-vinda”, uma oportunidade de “aproximar a cultura do povo”.

De acordo com o presidente da Agência Brasil Central, Reginaldo Júnior, a TV e as rádios serão atrações do prédio, vários estúdios serão montados em formato de grandes aquários, abertos à visitação, inclusive a alunos da rede estadual e particular de ensino, além de estudantes de jornalismo.

Por fim, Rafael lembra que a Secretaria de Saúde “criaria a Cidade Inteligente, concentrada em apenas um local, o que otimizará o atendimento ao cidadão, que hoje conta com oito prédios em diferentes regiões da Capital. Imagina a dificuldade de um cidadão do interior que chega à capital, em busca de atendimento e precisa, muitas vezes, perambular por vários quilômetros, a gastar um tempo absurdo que pode, inclusive, comprometer o seu próprio bem-estar”.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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