“Consolação”. Há música nessa palavra; como a harpa de Davi, ela fulmina o espírito maligno de
melancolia.
Foi uma distinta honra a Barnabé ser
chamado de “filho da consolação”; ou melhor, esse é um dos nomes ilustres dAquele que é maior que Barnabé, pois o Senhor Jesus é “a consolação de Israel” (Lc 2:25). “Eterna consolação”: aqui está a fina flor de tudo, pois a eternidade de conforto é Sua coroa e Glória.
O que é essa “eterna consolação”? Ela inclui um senso de pecado perdoado. Um cristão recebeu, em seu coração, o testemunho do Espírito de que suas maldades foram afastadas como uma nuvem, e suas transgressões como a nuvem espessa (Is 44:22). Se o pecado foi perdoado, porventura isso não é uma eterna consolação?
Em seguida, o Senhor dá a Seu povo
um permanente sentido de aceitação em Cristo. O
cristão sabe que Deus olha para ele como estando
em união com Jesus. União com o Senhor
ressuscitado é uma consolação das mais
permanentes; é, na verdade, eterna.
Deixe que a doença nos debilite, pois acaso não temos visto centenas de crentes tão felizes na fraqueza da doença como o foram na força da saúde e no maior bem-estar? Deixe as setas da morte perfurarem nosso coração, e o nosso conforto não morrerá; porventura nossos ouvidos muitas vezes não ouviram os louvores de santos enquanto se alegravam porque o amor vivo de Deus foi derramado em seus corações em momentos de morte? Sim, um sentimento de aceitação no Amado é uma eterna consolação.
Além disso, o cristão tem a convicção de sua segurança.
Deus prometeu salvar aqueles que confiam em Cristo; o cristão confia em Cristo, e ele acredita que Deus será tão bom quanto Sua palavra e irá salvá-lo.
Ele sente que está seguro em virtude de estar ligado à pessoa e obra de Jesus.