
Quando é que se reconhece a grandeza do ser humano?
É fácil ser gente boa reproduzindo atitudes em situações “normais”.
Difícil é ser grande diante do assombro, diante do inesperado, diante do desconhecido.
Acho que entre todos os grandes gestos, o perdão é o maior deles.
Em primeiro lugar, o perdão é fruto do erro de alguém, e quanto maior este erro, maior a grandeza de quem, atingido, se dispõe a passar por cima da própria dor e levar a vida adiante.
E o perdão torna-se ainda mais digno porque ninguém se prepara para perdoar.
É mentira quando alguém diz: eu perdôo tudo.
Não se pode prever nossa reação diante do difícil reconhecimento de que alguém falhou conosco.
É fácil desculpar um atraso, um esbarrão, um esquecimento, mas o tamanho do perdão é proporcional ao tamanho do erro.
O perdão é prova de entendimento, principalmente de si mesmo.
Não perdoar é isolar o outro, perdoar é entrar no jogo com ele, participar do problema, e não julgá-lo como se estivéssemos imunes à mesma fraqueza.
O perdão é o gesto mais elevado que há. Tão elevado que poucos chegam lá.
Pense nisso! Não desista!