
Um ano da morte de Iris Rezende: nome do político permanece na história como a saudade de um memorável legado. Com 62 anos dedicados à vida pública, Iris ocupou, na política, os cargos de vereador, prefeito, deputado estadual, governador e senador da República e Ministro do Governo Federal.
Maior político de Goiás de todos os tempos. e ícone da política goiana, Iris Rezende Machado morreu há um ano. Após três meses de luta no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde se recuperava de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o ex-prefeito de Goiânia e ex-governador de Goiás, que além desses cargos foi vereador, deputado, senador e ministro, faleceu no dia 09 de novembro de 2021, aos 87 anos, deixando boas lembranças na memória da sociedade goiana.
Querido por autoridades, políticos e sobretudo pelo “povo”, por quem era idolatado, Iris Rezende arrastou uma enorme multidão ao seu cortejo e velório. Durante a passagem do corpo pelas ruas da capital goiana, era possível visualizar demonstrações de gratidão por pessoas que acompanharam, mesmo que de longe, sua trajetória. “Meu primeiro emprego foi ele que deu. Ele era demais, uma pessoa humilde, humana, carismática. Não existe outro político igual a ele”, disse Maria Aparecida, moradora do Setor Oeste, em lágrimas, enquanto avistava a viatura do Corpo de Bombeiros que seguia com o caixão do ex-prefeito, rumo ao Palácio das Esmeraldas.
Biografia
Nascido em 22 de dezembro de 1933, na cidade de Cristianópolis, Iris iniciou a carreira política na década de 1950, como líder estudantil, presidente do Grêmio Literário Castro Alves da Escola Técnica de Campinas e do Grêmio do Colégio Lyceu de Goiânia. De 1959 a 1962, cumpriu seu primeiro mandato público, como vereador da capital goiana. No último biênio exerceu, inclusive, o cargo de presidente da Câmara Municipal.
Em seguida, foi eleito deputado estadual da 5ª Legislatura do Parlamento goiano, em 1963, pelo então PSD, extinto posteriormente pela Ditadura Militar. Líder do Governo Mauro Borges, foi eleito nos dois últimos biênios de mandato como presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Na época, comandou, ainda, a eleição indireta do marechal Emílio Ribas Júnior ao governo de Goiás.
Em 1965, filiou-se ao MDB, partido pelo qual foi eleito, no mesmo ano, prefeito de Goiânia. Seu mandato, entretanto, foi cassado em outubro de 1969 pela Ditadura Militar, que também suspendeu seus direitos políticos por dez anos. Durante o período, trabalhou como advogado criminalista.
Com o fim da ditadura, retornou à vida pública em 1982, quando foi eleito governador do Estado. Já em 1986, tornou-se ministro da Agricultura, nomeado pelo então presidente José Sarney. Quatro anos depois, foi eleito novamente governador por Goiás. O novo mandato foi cumprido de 1991 a 1994. Em seguida, se elegeu senador, tornando-se, também, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) do Senado Federal. Em 1997, no entanto, licenciou-se do mandato para assumir o Ministério da Justiça no .
Já em 2005, foi eleito novamente prefeito de Goiânia, reeleito quatro anos depois, em 2008. Com o intervalo de uma gestão, Iris voltou à chefia do Executivo municipal em 2016. Ao fim do mandato, no ano de 2020, despediu-se também de sua carreira política, de forma oficial.