
O Vasco SAF firmou acordo com a WTorre, gestora do estádio do Palmeiras, para concorrer pela administração do Maracanã. O modelo proposto tem similaridades com o Allianz Parque na divisão de tarefas. O grupo vai disputar a licitação do governo do Estado do Rio de Janeiro pela concessão ao consórcio formado por Flamengo e Fluminense.
A informação sobre o acordo entre a Vasco SAF e a WTorre foi publicada pelo blog do PVC e confirmada pela reportagem do UOL.
Ao decidir concorrer pelo Maracanã, a 777 Partners, dona do Vasco, decidiu procurar pela WTorre pelo know-how no estádio palmeirense. A ideia é fazer um modelo similar de gestão no Maracanã caso vença a disputa.
O Palmeiras cuida da operação dos jogos, e a WTorre organiza shows e vende camarotes, respeitando o acordo firmado na construção do estádio.
No caso do Maracanã, a WTorre atuaria na organização de shows, patrocínios, bebidas e comidas e hospitalidade do estádio, isto é, camarotes. Também poderia tentar usar as áreas extras do estádio. Enquanto isso, o Vasco ficaria com a operação do jogo, ingressos e custos. A WTorre firmou uma associação com a empresa Legends, que atua no mercado internacional de hospitalidade em estádio do Real Madrid e o ginásio do Boston Celtis.
O nome do consórcio do Vasco/WTorre é “Maracanã para Todos” e tem a proposta de dar as mesmas condições comerciais a todos os clubes que atuassem no estádio.
Mas a dupla Fla-Flu já firmou posição de ter seu próprio grupo concorrente, isto é, será bem difícil ocorrer uma associação. Os dois clubes, aliás, romperam com o Vasco em uma disputa por realização de jogos no Maracanã. Essa briga mostra que as discordâncias não são só sobre condições comerciais, mas calendário para os jogos.
O consórcio liderado pelo Vasco considera que a regra dos 70 jogos não é impedida de participar, mas tem um valor alto por pontos na disputa pela licitação. Sendo assim, o consórcio Fla-Flu também não atingiria o número total.
Coluna Rodrigo Mattos