
A cúrcuma, também conhecida como açafrão-da-terra ou pelo seu nome científico Curcuma longa L., faz parte da família de plantas Zingiberaceae, que também inclui o gengibre e o cardamomo.
O seu formato mais popularmente conhecido é como tempero culinário. Para obter o pó amarelo que está presente em muitas cozinhas, o rizoma da planta, que é um caule subterrâneo, é colhido, desidratado e moído.
O uso da cúrcuma faz parte da culinária de algumas culturas há muitos anos, como a indiana. Porém, além do papel como tempero, o seu uso também inclui as propriedades terapêuticas do alimento.
Benefícios da cúrcuma
Um dos seus principais constituintes é a curcumina, responsável pela coloração amarela e pelos benefícios na saúde humana. As suas propriedades terapêuticas derivam das suas características como:
- Antioxidante;
- Antifúngico, antibacteriano e antiviral;
- Anti-inflamatória;
- Antiangiogênico e antimutagênico;
- Antiagregação plaquetária.
A cúrcuma é utilizada em tratamentos da medicina alternativa há muitos anos. Por exemplo, na prática da Ayurveda, a especiaria é recomendada para lesões, doenças da pele e infecções oculares.
Além dos relatos de uso ao longo dos anos, a cúrcuma também tem potencial de acordo com estudos científicos, realizados com células, animais e humanos.
Os benefícios abaixo são alguns dos principais potenciais da cúrcuma para a saúde humana. Porém, ainda é necessário mais estudos para a confirmação do modo de uso e dosagem recomendada para cada indivíduo e doença.
- Câncer;
- Antioxidante e anti-inflamatório;
- Doenças cardiovasculares;
- Diabetes mellitus tipo 2;
- Obesidade;
- Doença inflamatória intestinal;
- Doenças neurodegenerativas;
- Doenças de pele (como a acne);
- Alergia e asma.
Como usar a cúrcuma
A três principais formas de utilizar a cúrcuma são:
- Preparações com a raiz: Pode ser consumido cru (ralado ou fatiado), cozido (adicionado a receitas) ou preparado como chá;
- Pó: Utilizado como tempero ou adicionado a líquidos (chá e sucos);
- Cápsulas.
Recomendações para uso da cúrcuma
Cerca de 2 a 5% da cúrcuma é composto por curcumina. Além disso, a curcumina tem baixa absorção, rápido metabolismo e alta excreção pelo corpo humano, resultando em uma baixa biodisponibilidade.
Ou seja, é difícil chegar a altas concentrações através da alimentação e a curcumina não é bem aproveitada pelo organismo. Isso dificulta protocolos para seu uso terapêutico, apesar dos benefícios em estudos com células e animais.
A Organização Mundial da Saúde considera seguro o consumo de até 0,30 mg de curcumina por kg de peso corporal, representando de 4 a 10g de cúrcuma ao dia (considerando uma pessoa de 70 kg).
Outros estudos com humanos consideram seguro o uso diário de até 12g de curcumina.
Efeitos colaterais da cúrcuma
A cúrcuma é considerada um alimento seguro e sem risco de toxicidade. Porém, sintomas gastrointestinais como gases, náuseas, diarréia e constipação são relatados por alguns indivíduos com o uso da especiaria.
Contraindicações da cúrcuma
Apesar da segurança para o consumo, o uso da cúrcuma sem recomendação médica é contraindicado para pessoas que utilizam medicamentos como:
- Antibióticos;
- Anticoagulantes;
- Medicamentos que atuam no sistema cardiovascular;
- Antidepressivos;
- Medicamentos para o tratamento do câncer (quimioterapia).
Isso ocorre porque o metabolismo da curcumina no organismo humano pode influenciar no metabolismo dos medicamentos desses grupos, como clopidogrel e varfarina, dois anticoagulantes.
Estudos em animais consideram seguro o uso durante a gestação, porém é necessário confirmar a informação com estudos em humanos. Portanto, o consumo não é recomendado sem indicação médica.