
O petista disse que mulheres ricas viajam para países onde o procedimento é legalizado, enquanto as pobres morrem pelo aborto clandestino.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será lançado pelo PT como candidato na corrida pelo Palácio do Planalto, defendeu a descriminalização do aborto no país e apontou que o tema deveria ser tratado como uma questão de saúde pública, e não como crime.
A madame pode ir fazer um aborto em Paris, escolher ir para Berlim. Na verdade, [o aborto] deveria ser transformado em uma questão de saúde pública, a que todo mundo deve ter direito, e não vergonha”, disse Lula. “Se eu não quero ter um filho, eu vou cuidar de não ter meu filho, vou discutir com meu parceiro. O que não dá é a lei exigir que ela precisa cuidar”, exemplificou o petista.
“Sem moral”
Lula ainda criticou a pauta de costumes, defendida por setores conservadores e dominada por homens. Sem citar nominalmente o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), Lula apontou que o atual mandatário não tem moral para conduzir a “pauta da família”, porque não cuidou nem dos próprios filhos.
“Essa pauta da família, pauta dos valores, é uma coisa muito atrasada, e ela é autorizada por um homem que não tem moral para fazer isso. Ele não cuidou dos filhos dele”, disse Lula.
A fala de Lula provocou a reação de bolsonaristas e evangélicos. A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, usou conta oficial no Instagram para dizer que Lula “sempre foi a cultura da morte” e apontou que a disputa se dará no próximo pleito entre as pessoas que defendem a morte e as que defendem a vida.
“Nas próximas eleições, nossas escolhas serão: vida protegida desde a concepção X morte de crianças inocentes”, publicou a ministra.
Opinião do blog do Alan Ribeiro Jornalismo de Verdade: como cristão sou contrário ao aborto por entender que a vida é UM DOM de DEUS e somente a DEUS pertence, salvo em casos de estupro ou de risco eminente a mãe, do contrário sou a favor da vida.