
Em entrevista ao The Intercept, Dimitrios Kalantzis, diretor da ONG Life After Hate, ensinou como pessoas que não são de extrema-direita podem recuperar o diálogo com parentes que simpatizam com ela. A organização, fundada há dez anos, foi criada por ex-integrantes de grupos extremistas violentos.
Segundo Kalantzis, tem gente que mergulha em espaços de ódio na internet e, em questão de seis a nove meses, está cometendo atos de violência em massa. Ocorre de forma tão rápida que é quase impossível antecipar.
Para saber se uma pessoa está envolvida com grupos extremistas, é importante observar se ela está imersa em assuntos políticos nos quais antes não tinha interesse, se começou a defender posições mais radicais e se passou a ter problemas com as autoridades ou cometer pequenos delitos para apoiar o movimento.
Outro ponto para ficar atento é um aumento na atividade online, principalmente em espaços fora das redes sociais mais conhecidas, e o aumento no compartilhamento de fake news.
O diretor da ONG ainda disse que as pessoas que se envolvem nesses grupos acabam decepcionadas de uma forma ou outra. A maior esperança é se aproximar nessa fase de desilusão, identificar a causa, e ajudá-la.