Circula nas redes sociais um vídeo em que a médica Maria Emília Gadelha Serra afirma que as vacinas de mRNA, produzidas a partir da extração da proteína Spike do novo coronavírus, provocam um processo de inflamação dos vasos sanguíneos. Ela também diz que pessoas imunizadas contra a Covid-19 devem fazer periodicamente o exame que mede o dímero-D, para detectar o risco de trombose. ⠀
A Agência Lupa checou e a informação é FALSA. Não há nenhuma evidência de que a proteína Spike cause lesões na parede vascular. “Para me certificar totalmente, fiz consulta aos maiores bancos de dados científicos e nada encontrei nessa correlação”, afirmou o infectologista Roberto Foccacia. “Nenhuma vacina ou medicamento está isento de efeitos colaterais. O importante é que o benefício sanitário, individual ou comunitário é infinitamente superior a eventuais riscos.” Além disso, não há na bula da vacina da Pfizer nenhuma menção aos sintomas mencionados no vídeo. De acordo com o documento, as reações mais comuns são dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, dor muscular, calafrio, dor nas juntas, febre e inchaço no local de aplicação da vacina. Em novembro, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) já havia dito que não há comprovação sobre a relação entre o desenvolvimento de vasculite e eventos adversos provocados pelas vacinas contra a Covid-19.⠀
De acordo com especialistas, não existem evidências científicas que suportem a recomendação de medir a dosagem de dímero-D após a vacinação contra a Covid-19. Esse exame, sozinho, não é suficiente para diagnosticar uma trombose. Segundo o cirurgião vascular Marcone Lima Sobreira, diretor científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular em São Paulo (SBACV-SP), o risco de trombose é muito maior pela Covid-19 do que pelas vacinas.⠀
📸 Reprodução: Whatsapp. ⠀
