A Semana de Arte Moderna de 1922 foi o evento que marcou o começo do  Modernismo no Brasil e representou a virada de chave na sociedade brasileira, que viu a possibilidade de falar sobre si, tanto no campo artístico como no social e político.

Completando cem anos, esse momento precisa ser revisitado: “O conceito que se destaca no Modernismo é a Antropofagia, o fato de efetivamente eu entrar em contato com outras culturas, de eu trazer esses elementos, não negar eles. Eu acho que isso é crucial, dar a eles uma nova perspectiva. É ‘engolir’ e depois ‘botar para fora’ alguma coisa que seja totalmente brasileira”, destaca a professora do curso de Letras da Unisinos, Márcia Lopes Duarte.

Olhar para o legado do movimento nas mais diferentes áreas da indústria cultural e, ao mesmo tempo, enxergar novos ângulos e possibilidades para essa reflexão, é o desafio de duas reportagens que o Mescla produziu. Para isso, além de Márcia Lopes Duarte, foram convidadas a professora de Letras Rita Lenira de Freitas Bittencourt (UFRGS) e a doutora em História da Arte Thiane Nunes. Nesta primeira reportagem, mostraremos as marcas deixadas pela Semana e a grandiosidade do Modernismo brasileiro; na segunda matéria, seguiremos uma investigação: onde estavam as mulheres modernistas da Semana de 22?