Quarto colocado nas pesquisas eleitorais, Ciro Gomes oficializa pré-candidatura e prega “rebeldia da esperança”

Pedetista fez um discurso de 22 páginas e quase uma hora de duração | Foto: Assessoria PDT

Esta será a quarta vez que o presidenciável concorrerá ao Palácio do Planalto. Político já disputou os pleitos de 1998, 2002 e em 2018, quando ficou em terceiro lugar.

O vice-presidente Nacional do PDT, Ciro Gomes, foi confirmado como pré-candidato à presidência da República em ato público realizado na sede do partido, em Brasília. Ele pregou a “rebeldia da esperança” em alusão ao próprio histórico político-partidário; ao projeto nacional desenvolvimentista, no qual ele propõe uma mudança no programa econômico brasileiro; e também ao fundador do partido, Leonel Brizola, que completaria 100 anos no sábado, 22.

No discurso, de 22 duas páginas e que durou praticamente uma hora, o pré-candidato à presidência se colocou como postulante “rebelde”, que tem muitos desafios pela frente para tornar o país uma forte, “sem picaretagem, oportunismo e ignorância”. “O Brasil não cresce por causa da política e dos políticos que se encapsularam na camisa de força do neoliberalismo”, acrescentou o presidenciável.

“O resultado disso é o fracasso, tragédia sobre tragédia. Desemprego, fome, desmantelamento de indústrias e estados nacionais e uma série de erros, de enganação e manipulação que resultaram na tragédia que é o governo Bolsonaro”, discursou o pedetista, que é o sexto politico a ser lançado oficialmente como pré-candidato à presidência. Além de Ciro também já foram oficializados o governador de São Paulo, João Dória (PSDB); a senadora Simone Tebet (MDB); o presidente da UP, Leonardo Perícles; o cientista político Felipe D’ávila (Novo); o deputado federal André Janones (Avante) e o senador Alessandro Vieira (Cidadania). Lula (PT), Sérgio Moro (Podemos), Jair Bolsonaro (PL) e Rodrigo Pacheco (PSD) ainda não foram oficializados.

O pedetista está em quarto lugar nas pesquisas eleitorais. Está atrás de Sérgio Moro, que está em terceiro; do presidente Bolsonaro, em segundo; e do ex-presidente Lula, que está à frente, com mais de 40% em todas as pesquisas eleitorais divulgadas.

Críticas aos demais presidenciáveis

Terceiro colocado em 2018, o pedetista teceu críticas ao que considera como “inimigo que precisa ser combatido”. Entre eles estavam ex-presidente Lula (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o terceiro colocado nas pesquisas eleitorais o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), que o ultrapassou nas pesquisas eleitorais recentemente.

Ele também criticou a reforma trabalhista e o teto de gastos, que foram aprovados pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). “O teto de gastos de Temer deixa de fora a principal e mais extorsiva despesa: os juros. O teto de gastos é a maior fraude já cometida contra o povo. Só controla os investimentos que beneficiam o povo. Vou acabar com o teto de gastos”, declarou.

Esta será a quarta vez que o pedetista tentará concorrer ao Palácio do Planalto. Ele foi candidato em 1998, quando ficou em terceiro lugar pelo PPS, com 10,97% dos votos; em 2002, pelo PPS ficou em quarto lugar, com 17,97% dos votos; e em 2018, nas últimas eleições, ficou em terceiro, com 12,47% dos votos. Além de concorrer à presidência, Ciro também já foi ministro da Fazenda entre os anos de 1994 e 1995, período final do governo Itamar Franco, além de ministro da Integração Nacional durante o primeiro mandato do governo Lula, onde assumiu o controle da Transposição do Rio São Francisco. Anteriormente, Ciro foi governador do Ceará, prefeito de Fortaleza e deputado federal pelo estado do Ceará (último cargo eletivo que assumiu, em 2006).

Apoio

Ainda sem grandes apoios e com um evento fechado para vacinados e para apoiadores mais próximos, o pedetista tenta viabilizar a candidatura pelo partido em uma composição com outros partidos, como a Rede Sustentabilidade, o Agir 36, e tem a ambição de compor com o PSB e/ou o PSD, que são assediados pelo PT, do ex-presidente Lula, que está à frente nas pesquisas.

Além de Ciro e do presidente do PDT, também estiveram presentes o senador e irmão dele, Cid Gomes (PDT/CE), o deputado federal André Figueiredo (PDT/CE), o ex-prefeito e pré-candidato ao governo do Ceará, Roberto Cláudio (PDT/CE) e outros seis postulantes ao Executivo Estadual. O presidente do PDT Goiás, George Morais, e a esposa dele, a deputada federal Flávia Morais (PDT), participaram do evento virtualmente. A confirmação foi feita pela assessoria. Também houve membros da Juventude do PDT Goiânia participando presencialmente.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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