Márcio Correa*
A nova variante ômicron do Coronavírus, descoberta no continente africano, no serviu como espécie de lembrete de que ainda estamos longe de vencer, definitivamente, a guerra contra covid-19. Um lembrete amargo, claro, ainda mais nesse momento de virada de ano, quando se cria uma expectativa de mudança para melhor que é inerente à data.
As autoridades de saúde são unânimes em afirmar que conter totalmente a nova avaliação do vírus é quase impossível, mas que é factível reduzir muito potencial de estrago que ela pode causar. E isso se faz com muita vacina do braço das pessoas. Simples assim. É hora dos governos identificarem do Brasil as campanhas e criarem mecanismos de estímulo à imunização.
Está mais do que claro pelos resultados mundo afora que a vacina tem o poder de reduzir o número de casos e a gravidade deles. Da mesma forma que ficou claro, pela inclinação da curva de casos em alguns países com baixas taxas de vacinação, que só vamos conseguir erradicar a pandemia se houver um esforço concentrado de todos países, estados e municípios para imunizar o máximo possível as populações.
O brasileiro, tem uma cultura de tomar vacina que vende décadas, até que se saiu bem diante de outras Nações. Mesmo tendo começado embolização depois de grande parte dos países mais avançados, hoje cerca de 62.25% da nossa população está com o esquema vacinal completo. Ou seja, 132.879.239 pessoas tomaram a segunda dose ou a dose única de vacina. O número de pessoas com a primeira dose é de 158.765.625, o que equivale a 74.43% dos brasileiros. Em Goiás tomaram a primeira dose 72,09% da população e a segunda dose dose única equivale a 55.8 %.
São índices que conseguiram derrubar em mais de 80% as mortes e casos graves, se comparados com o auge da pandemia. Mas o problema é que a vacinação desacelerou em todo o Brasil nos últimos meses. São muitos casos de pessoas que não voltaram para tomar a segunda dose e a proporção de retorno e Menor ainda quando se trata da dose de reforço. É um cenário que permite uma circulação consistente do vírus e, eventualmente até o surgimento de novas variantes segundo cientistas.
Não queremos e não precisamos retomar as medidas de isolamento social mais drásticas, como as adotadas no início da pandemia. Temos hoje mais conhecimento e instrumentos para lidar com vírus. O impacto econômico social de novas medidas restritivas mais drásticas seria difícil de ser absorvido no atual cenário de fragilidade Econômica.
Mas é importante que o poder público manter a recomendação de medidas protetivas, como uso de máscaras em locais fechados, e uso todos os recursos disponíveis para ampliar a cobertura vacinal da população. É preciso facilitar o máximo possível o acesso as doses e concientizar as pessoas do papel de cada um na guerra contra Covid-19. A lógica da imunização não é individual, mas, sim, coletiva. E todos nós temos que compreender que deixar de vacinar não é um problema exclusivamente pessoal, mas de todo mundo.
Márcio Correia é empresário e odontólogo. Preside o diretório municipal do MDB em Anápolis.