Renato Vargens*
Um dos assuntos que mais tem movimentado as redes sociais nessa semana é o caso envolvendo o jogador de vôlei Maurício.
O jogador do Minas Tênis Clube foi demitido, execrado por muitos pelo fato de ter emitido opinião sobre a nova série de quadrinhos do Super-Homem, na qual o herói é bissexual.
Devido a sua opinião os patrocinadores ameaçaram retirar o investimento nos times feminino e masculino do Minas Tênis Clube, o que tornou a permanência do jogador insustentável. Além disso, o jogador foi massacrado pela mídia “tolerante”.
Caro leitor, Vamos combinar uma coisa? Os defensores do politicamente correto, amantes de uma esquerda enviezada, amam falar em liberdade de expressão, democracia e tolerância. Em seus simpósios, congressos e conferências é comum encontrá-los dissertando sobre a ideia de que todos podem dizer o que pensam, afirmando a necessidade de exercer paciência e benevolência com aqueles que deles divergem. Entretanto, basta com que alguém os critique, ou discorde de seu progressismo que os “tolerantes” se transformam em intolerantes.
Lamentavelmente os defensores da tolerância reagem com intolerância aos que pensam diferente. Nessa perspectiva, quando contrariados, os que deveriam ser tolerantes respondem aos conservadores “intolerantes” com ironia, deboche, zombaria e cancelamento.
O que fizeram com Maurício foi lixamento. Atacaram um campeão olímpico por uma opinião somente, jogando na lata do lixo a história de um homem trabalhador.
O fato em si nos leva a entender que a liberdade de opinião serve somente para alguns, já pra outros, o que serve mesmo é o cancelamento.
* Renato Vargens é pastor da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói, no Rio de Janeiro, conferencista, escritor e colunista de revistas, jornais e diversos sites protestantes, escrevendo regularmente no blog renatovargens.blogspot.com. É autor de vários livros, incluindo Reforma Agora e Masculinidade em Crise, publicados pela Editora Fiel.