Médica e secretária são indiciadas por vender atestado de Covid-19 para mais de 190 pessoas que furaram a fila de vacinação em Catalão. Divina Maria da Silva e Tatiane Pereira são suspeitas por vender laudos de comorbidades
Quase 200 moradores de Catalão furaram a fila de vacinação contra a Covid-19 recebendo atestados de comorbidades falsos assinados pela médica Divina Maria da Silva.
Segundo a Polícia Civil, mais de 200 pessoas foram ouvidas e cerca de mil formulários foram analisados.
10 pessoas confessaram que usaram formulário médico sem possuir comorbidade e mais de 100 pessoas utilizaram formulários falsos emitidos e assinados por quem não é médico.
As investigações também concluíram que Divina Maria emitiu formulários “sem a devida cautela para pessoas sem comorbidades”. Além disso, a sua auxiliar, Tatiane Pereira, também teria emitido e assinado falsamente formulários de comorbidades para dezenas de pessoas em troca de dinheiro.
Ainda de acordo com a PC, em um único dia a médica teria assinado 140 documentos. Em um dos casos, uma jovem de 19 anos conseguiu o atestado de comorbidade porque, segundo o delegado responsável pelo caso, Fernando Maciel, ela queria ir para a praia.
Os pacientes afirmaram ainda quem não sabiam qual comorbidades a médica tinha escrito nos laudos.
Ao todo, 195 pessoas foram indiciadas pela polícia e podem responder pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento particular e uso de documento falso.
