
Petróleo, impostos e dólar têm sido os vilões do processo inflacionário no Brasil.
A variação dos preços dos derivados do petróleo, no mercado externo, puxados por uma oferta cada vez menor combinada com a flutuação do dólar, para cima, tem coloborado para a alta dos preços no país.
Não menos importante na composição dos preços estão os impostos federais e estaduais.
Portanto, o retorno da inflação na economia brasileir se deve a um conjunto de fatores, que interagem entre si, com reflexos: no aumento em cadeia dos preços dos produtos e/ou mercadorias.
A situação em tela tem feito com que, a cada dia, a panela da dona de casa brasileira fique mais vazia. Nela tem menos: arroz, feijão, macarrão, óleo, carne, frango ou peixe.
O óleo diesel teve a terceira alta consecutiva, sendo de 0,35% em relação à semana passada. O preço médio gira em torno de R$ 4,188 por litro.
Quando o diesel sobe, aumenta o preço do frete, que nem sempre é repassado aos caminhoneiros. Esses perdem renda, como trabalhadores e pagam mais caro por produtos e/ou serviços, como consumidores.
No mês de agosto os derivados do petróleo subiram 6,0% enquanto o dólar 2,9%, com isso o IPCA de julho ficou em 4,76%. No acumulado dos últimos doze meses está em 8,99% podendo chegar até o final do ano acima de 8,0%.
Eis aí o estrago que a volta da inflação causa para a população brasileira. A equipe econômica do governo federal precisa mudar a retórica e agir.
*Júlio Paschoal é economista e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG)