O conto de fadas de que o agro brasileiro mata a fome do planeta não é de hoje

O número mágico vem de uma conta simplista demais para uma questão complexa demais. É tão simplista que dá para explicar em uma frase: como o Brasil é responsável por cerca de 10% da produção global de soja, milho, cevada, arroz e carne bovina, o agronegócio SUPÕE estar alimentando 10% da população mundial – incluindo toda a população brasileira.

A informação é rasa como uma piscina vazia. A gente explica porquê:

➡️ Enquanto o agro é pop bate recordes de safra, mais da metade de toda a população brasileira vive HOJE algum nível de insegurança alimentar. E mais de 19 milhões de pessoas passam fome severa no país.

Muito pouco do que o agronegócio produz chega de fato ao prato de alguém. Das 88 milhões de toneladas de milho produzidas na última safra, só 2 milhões foram para consumo humano. De toda a soja brasileira produzida ano passado, 17 milhões viraram ração animal.

O agronegócio desconsidera a diversidade de dietas alimentares ao redor do planeta, como se o mundo inteiro se alimentasse de suas commodities agrícolas. Também ignora o fato de que países e populações mais pobres não conseguem ter acesso a vários tipos de alimentos.

➡️ Nem tudo o que é produzido chega ao destino final: mesmo posando de moderno, o atual modelo de produção agrícola perde toneladas de alimentos todos os dias, seja na colheita, no armazenamento ou no transporte.

Se tem alguma coisa que o agronegócio alimenta de verdade, é o lucro das grandes empresas ligadas ao setor.

Enquanto isso, a agricultura familiar bota na mesa 87% da mandioca, 70% do feijão, 46% do milho e 34% do arroz que abastecem o Brasil.

#AgroecologiaéSaúde #ComidaSemVeneno

Fonte Greenpeace

 

 

 

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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