
A que ponto chega a irresponsabilidade de alguns médicos, de fornecer laudos falsos.
No Brasil é comum a prática de todo tipo de irregularidade, mesmo quando isso tem correlação com a vida.
A COVID-19, trouxe à tona comportamentos como estes, muito embora alguns brasileiros, ao longo do tempo ache certo, comprar recibos de tratamentos médicos e odontológicos, para não pagar imposto de renda.
A cultura do jeitinho brasileiro, chega a saúde de forma sórdida e irresponsável mostrando a face de maus profissionais de saúde e também e de cidadãos que fazem da mentira uma forma para se imunizar.
Catalão, não fugiu à regra de outros municípios no Brasil, lá segundo a imprensa uma infectologista, concedeu mais de mil laudos de comorbidades. Se falsos ou não caberá a polícia investigar.
No mínimo soa estranho uma única profissional se é que pode assim ser chamada, emitir mais mil pareceres constatando que pessoas que ainda não tinham idade para se vacinar, de acordo com a programação do Ministério da Saúde poderem se imunizar.
Para além desta questão a infectologista cobrava pelo serviço e pessoas inescrupulosas pagaram, retirando a oportunidade daqueles que realmente precisavam e que talvez por não ter tido a oportunidade de se vacinar em tempo hábil, acabou vindo a óbito e engrossando a fila de mais de 500 mil mortos no país sendo 358 só em Catalão.
A cultura do jeitinho cantada em verso e prosa, por muitos brasileiros, chegou na COVID, pois na saúde sua prática é velha, sobretudo quando se declara Imposto de Renda.
Nesse período é comum o cidadão comprar recibos médicos e ondontológicos para não pagar impostos ou ter restituição.
A venda e compra de laudos é só mais um capítulo triste da história deste país, mergulhado em todo tipo de corrupção desde a colonização.
A meu ver deve responder criminalmente quem vendeu e quem comprou os laudos que não correspondem com a realidade.
Estamos de olho e vamos continuar.
Júlio Paschoal
Economista e Professor da UEG