
O país a tempo vive uma inversão de valores, onde nem sempre o que é legal é moral. Não é de hoje que a área pública seja ela: federal, estadual e municipal, gasta muito além do necessário por essa razão a carga tributária no Brasil está em 36% do PIB.
A muito tempo se discute a necessidade de uma reforma tributária no país, mas esquecem os parlamentares de todos os níveis de poder, que sem uma reforma administrativa, a tal reforma tributária, será o mesmo que enxugar gelo.
Por que digo isso? Porque sem saber o tamanho do gasto público, não tem como estipular a totalidade dos tributos, que por sua vez se dividem em: impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Na pandemia vivenciada por todos as vísceras, dos poderes públicos foram abertas e a população que trabalha, se contamina e morre por falta de vacinas, está cada vez mais indignada com as mazelas das administrações públicas.
No dia hoje já são mais de 450 mil brasileiros mortos, dilacerando famílias em todo o país.
O retrato é triste e fica ainda mais triste quando passamos a saber que na maioria dos Municípios, que tem UTIS, há um médico, para atender 20 ou mais pacientes, enquanto no parlamento brasileiro, se tem no mínimo 20 assessores, para cada parlamentar (vereador, deputado estadual, deputado federal e senador), quanto custa isso para os cofres públicos? Vocês já pararam para pensar.
E mais os parlamentares, tem também as verbas complementares, isso fica mais claro, nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional.
Uma pergunta deve ser feita. Qual a relação custo benefício para a área pública.
O que tem produzido ao longo dos quatro anos nos parlamentos justificam tais gastos? Pelo que acompanho não justifica.
Eis aí uma das vísceras da área pública no Brasil. Precisamos mudar esse estado de coisas.
Júlio Paschoal
Economista e Professor de Economia da UEG.