
O Brasil não traz problemas á população só na área da COVID-19 e suas mutações, mas também em outras ligadas a saúde e de forma especial aos portadores de câncer.
Pasmem os senhores, remédios quimioterápicos injetáveis, logo que são aprovados pela ANVISA, são disponibilizados nos hospitais que tratam da doença.
No entanto as outras medicações em comprimidos e que podem dar mais qualidade de vida, aos pacientes, após serem aprovados pela ANVISA, só serão disponibilizados na rede pública para serem retirados pelos pacientes, após serem liberados pela Agência Nacional de Saúde. Detalhe está tem até 4 anos, para fazer isso, levando assim, muitos pacientes a piorarem o quadro e virem a óbito.
Uma burocracia que mata, e que não sensibiliza nossas autoridades, em todos os níveis.
Projeto de lei para quebrar essa obrigação, aguarda desde junho de 2020, para ser colocado em pauta, na Câmara Federal e não tem data para ser discutido.
O Presidente da Câmara, quando perguntado pelo repórter da Globo News, nesse 23 de maio, disse que a pauta é definida pelo acordo de líderes, dos partidos e que não pode precisar quando a matéria será apreciada, discutida e votada, um absurdo e que mostra a falta de comprometimento daquela casa de leis, também com a saúde nesse país.
O pior é que sem a liberação da Agência Nacional de Saúde, os medicamentos quimioterápicos, não são disponibilizados na rede de saúde, para que os portadores de câncer possam pega-los de forma gratuita.
Resta aos pacientes sobretudo aos mais empobrecidos verem a doença agravar, pois o custo individual destes, não saem por menos de R$ 27 mil reais a caixa, e dependendo do tumor os pacientes tem que tomar até quatro comprimidos por dia.
Pergunto: Por que tanto descaso com a saúde, nesse país? O que pode ser mais importante que a vida das pessoas?
Na década de 1980, o ex-ministro Hélio Beltrão, iniciou um movimento para desburocratizar o país, isto a 41 anos, pelo visto muito pouco melhorou.
A burocracia mata e precisa acabar sob pena do país, continuar se sucumbindo em seus próprios erros.
Júlio Paschoal
Economista e Professor de Economia da UEG.