
Nada melhor do que a estratégia, para vencer a guerra. A estratégia tem no seu cerne, o planejamento e o auto controle. Nem sempre na guerra se pega em armas, o projétil pode se materializar através da fala.
No campo de guerra da CPI da Pandemia, a estratégia daqueles que erraram na condução das ações, tem sido a falta da verdade.
Esquecem eles que existem vídeos, matérias jornalísticas que reproduzem fielmente seus atos e falas, portanto quando se joga palavras ao vento, a consequência é a desmoralização.
A tentativa de blindagem de alguém, quando não se há defesa, ocorre na frieza das palavras ou mesmo, no tom áspero de voz, como tem se visto, no depoimento do ex-ministro da saúde o General Pazuello.
Para alguns a melhor estratégia é o ataque, outros a tentativa de intimidação, e a falta da verdade, mesmo que isso possa vir manchar carreiras.
Um militar muito mais do que um civil, tem que dar bons exemplos e não maus, uma vez que, se coloca como expoente para a sociedade.
Nada melhor do que uma CPI, para poder se reposicionar, uma vez que o compromisso maior tem que ser com a população e não, apenas com a maior autoridade da nação, isso porque 441.864 mil pessoas, já perderam suas vidas.
O inimigo nesse caso não tem partido político e muito menos ideologia é a COVID-19 e suas mutações e precisa ser combatida, para tanto a verdade, tem que prevalecer sobre todas as coisas e não como vimos em alguns depoimentos, cuja tentativa foi meramente de proteger quem deu as ordens, nos entes federados.
Nessa guerra o que se percebe é que faltou uma coordenação central, partindo da maior autoridade do país, como ocorreu nos outros países, isso inclusive favoreceu a falta de oxigênio e insumos básicos para intubação, levando milhares de pessoas a perderem a vida no Estado do Amazonas, e também em outros estados o que é inadmissível.
O caminho apontado não foi o melhor, uma vez que subestimou o óbvio, as vacinas, independente se elas estavam ou não prontas.
Júlio Paschoal
Economista e Professor da UEG