Júlio Páscoal: Gestores Públicos Perdidos

A pandemia colocou em questão a qualidade de gestão, de muitos administradores públicos.

E também permitiu que a população, tomasse conhecimento do descaso dos governos anteriores a pandemia, com a saúde pública.

Por mais que se construiu e/ou reformou hospitais, a rede não foi modernizada, a maioria das instalações são inadequadas e nem mesmo foi contratada por concurso público ou não, a quantidade necessária de profissionais e os que foram contratados mais para atender interesses políticos, do que a demanda não se qualificaram, para um momento como estamos vivendo.

As unidades de saúde tem poucos leitos: de enfermarias, apartamentos e UTIS, se assim não fosse, as filas nos hospitais brasileiros, não existiriam e todos, que pagaram ao longo de suas vidas, planos de saúde particulares ou públicos, teriam atendimentos dignos e não morreriam por falta de oxigênio, e de outros medicamentos, que faltam nos hospitais da rede pública e mesmo privada, uma vez que muitas delas tem convênios com o setor público.

Não se pode alegar falta de recursos, pois 12,5% da receita corrente da união, estados e municípios, são destinados desde a constituição federal de 1988, para esse fim.

É inadmissível o que está ocorrendo no Brasil, as pessoas morrerem por falta de assistência médica, medicamentos e vacinas.

O que tem feito os gestores públicos? Lockdown, fechando o que não pode fechar e deixando funcionando focos de contaminações como o transporte público. Isso sem deixar de mencionar os próprios hospitais, que pelo descaso muitos mais contaminam do que curam.

Quem tem dinheiro busca os grandes centros de medicina no país, quem não tem ou morre ou entram nas unidades hospitalares do país, mantidas e/ou conveniadas com o setor público e que na sua grande maioria não voltam.

Nos últimos trinta dias praticamente ficamos em lockdown, o que melhorou em termos de contaminações e mortes? Nada, as UTIS, continuam cheias e pessoas, nas filas aguardando a morte chegar.

Pelo jeito faltam iniciativas de todos inclusive de quem só defende a ciência, mesmo havendo evidências alternativas para esse triste momento.

Quantos terão ainda que morrer para uma mudança de atitude.

Júlio Paschoal

Economista e Professor de Economia da UEG.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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