O cenário político e econômico traz preocupação aos brasileiros e a comunidade internacional.
O país se coloca como o epicentro da crise sanitária, decorrente dos efeitos nefastos da COVID-19, no mundo.
A falta de consenso entre as entidades que representam a medicina no país, tem deixado a população tensa e insegura.
De um lado os negacionistas que desprezam qualquer tipo de alternativa (tratamento preventivo e/ou precoce), que vem dando certo em mais de 130 países, de todos os continentes, e de outro os positivistas, que não ficam presos a ciência mas adotam as evidências, mas que também não tem evitado mortes.
Os positivistas tem como arma a vacina, que não chega para todos, pois menos de 10,0% da população brasileira foi vacinada.
A demora permite o vírus, se multiplicar em várias cepas e com isso, o grau de contaminações e mortes aumentam a cada dia.
O resultado tem sido recordes diários de mortes, muitas vezes superando a casa de 2,2 mil óbitos.
O aumento de casos da COVID-19, no Brasil, mostrou os erros do presidente da república, em não assumir a coordenação central da doença, no início da pandemia e também, mostrou as vísceras da falta de investimentos na saúde ao longo dos últimos trinta anos, levando ao colapso do sistema, muito embora desde 1988, tenha vinculação constitucional.
A classe política assistindo tudo isso pressionou o presidente por mudanças, pediram a cabeça do ministro de relações exteriores, por conduzir muito mal a pasta e colocar o país, em situação muito ruim diante de potências como EUA e China, prejudicando a vinda de vacinas, em tempo hábil para o país, colocando em cheque a vida da população.
A outra mudança pretendida era secretaria de governo, saindo um militar e entrando uma deputada federal.
O presidente pressionado pelo centrão, que tem lhe dado sustentação política, impedindo que pedidos de impeachment avancem no congresso e pela liberação de Lula, pelo STF trocou seis ministros e mudou o rumo do combate a COVID-19 e suas mutações.
Resta a todos nós, continuar pagando para ver os resultados das mudanças com impostos ou vidas.
Júlio Paschoal
Economista e Professor de Economia da UEG