Júlio Páscoal: APOLOGIA A AUTORIDADE

A pandemia inerente a COVID – 19 e suas mutações, tem mostrado a sociedade a importância da autoridade, para o combate e controle de seu nefastos efeitos.

Os agentes políticos, que escolheram por caminhos não tradicionais, minimizar o vírus, não incentivar o cumprimento dos protocolos sanitários e também a desacreditar da importância da vacinação, perdem popularidade a cada dia, junto aos cidadãos, que estão assustados com o número de mortes no país em tão pouco tempo.

O momento exige tomada de decisões firmes, normalmente impopulares e que desagradam a todos, quando fere os direitos constitucionais, que os cidadãos se acostumaram ao longo de suas vidas.

Os empresários ao fecharem as portas, não faturam, colocam em cheque, com razão os empregos e não recolhem os impostos.

Os trabalhadores sofrem tanto com o desemprego, como com a dificuldade em cumprir com suas obrigações, perante a seus filhos e á terceiros.

Nesse cenário de desalento percebemos governadores, prefeitos e o próprio presidente da República se degladiarem, para fazer valer seus decretos, no sentido de tentar vencer o vírus e suas mutações.

Goiás, passa pelo mesmo problema, o governador, pelo fato de ser médico e um gestor sério e correto, com uma vida pública sem arestas, não abre mão de sua autoridade na condução desse processo.

As regras por ele desenhadas desde o início da pandemia, tem prevalecido sobre as demais, mesmo que modelos inteligentes, como o adotado desde o início pelo prefeito de Aparecida de Goiânia, copiando o de Israel venham dando resultados positivos.

Os empresários de segmentos não essenciais, já sem fôlego, não suportando mais a paralização, proporam uma metodologia similar a de Aparecida de Goiânia, ao Prefeito de Goiânia, o sensibilizando. Um decreto, diferente do governo, foi elaborado para ter início na segunda-feira 29 de março.

A imprensa ao indagar o governador, sobre o novo decreto, recebeu dele uma resposta dura que abalou os pilares da prefeitura de Goiânia.

O que disse o governador? “Não vou opinar sobre algo em que não fui consultado”. Isso foi o bastante para desestabilizar todo o acordo feito entre o poder público municipal e os empresários.

As reuniões tomaram conta do sábado 27/3, ao final o que ficou decidido? A prefeitura de Goiânia e o Governo do Estado de Goiás, seguirão a mesma linha ou seja abertura de 14 dias e fechamento pelo mesmo período e nada se fará sem que haja a concordância da autoridade maior do Estado.

Em um cenário sombrio como esse de tantas mortes decorrentes do vírus, a apologia ou a defesa a autoridade ganha força no seio da população, que cada dia se encontra mais aterrorizada com tudo que vem ocorrendo.

A apologia a autoridade é importante, mas isso não exime a população de fazer a sua parte.

O momento é delicado e a morte aproxima de todos, para evitá-la o cumprimento dos protocolos sanitários e o respeito as normas estabelecidas é fundamental.

Júlio Paschoal

Economista e Professor de Economia da UEG

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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