Julio Paschoal: ECONOMIA: ENTRE A CRUZ E A ESPADA

A defesa da economia necessariamente passa pela vacinação. Não adianta defender a economia sem criar os meios, para que ela de fato, possa se recuperar. O tratamento precoce ajuda em alguns casos, mas não se reflete na maioria. As pessoas estão morrendo em números assustadores, as equipes médicas, estão exaustas, os profissionais, que atuam de forma complementar a eles, também não estão suportando mais. O caos atingiu a saúde em todos os Estados, isso porque ao longo dos anos, os governantes de todos os níveis, não aplicaram corretamente os recursos destinados á saúde. Falo dos 12,5% determinados pela constituição. Se esses recursos, estivessem sido aplicados de forma correta e planejada, os efeitos da COVID – 19 e suas mutações, não estaria matando tantas pessoas, como vem ocorrendo. Nos últimos dias a maioria dos Estados e Prefeituras, estão optando pelo lockdown outras por uma maior flexibilização. No entanto a curva de contaminação e óbitos, não tem reduzido, mostrando que todos estão perdidos, diante da gravidade da situação.

O fechamento de: indústrias, comércios, prestadoras de serviços e outros, implicam em perdas de faturamento, arrecadação, renda e empregos enfim, desaquece a economia e promove a queda da atividade econômica. No ano de 2020, a queda da atividade econômica foi real com as paralizações. O PIB teve seu pior desempenho, fechando em (-4,1%), mesmo os gastos do governo, superando a sua própria capacidade, se não fosse isso a queda teria sido ainda maior. No ano de 2021, o Estado Brasileiro, não tem o mesmo fôlego, para gastar o que não tem. E mais a discussão do auxílio emergencial ainda está no congresso nacional. Tudo indica que após aprovada, deve ser imediatamente sancionada pelo presidente, entrando em vigor a partir de 1°/4. Se o valor não é o ideal é o possível, diante do déficit fiscal, enfrentado pelo governo federal, superior a R$ 800 bilhões e que põe em xeque o teto de gastos. A sua permanência deve ser até que no mínimo 70% da população, seja vacinada, para o alcance da imunização de rebanho, caso contrário a queda do PIB, nesse ano pode superar o do ano passado agravando ainda mais a situação econômica. Na verdade a economia está entre a cruz e a espada. Se fechar ainda mais, a atividade econômica tende ao colapso, se não fechar vidas serão ainda mais perdidas.

Não adianta fechar o que não propaga ou contamina menos e deixar o transporte coletivo, como está ou seja transbordando de trabalhadores. Falta aos governantes, vontade política de atacar os problemas como o transporte coletivo de frente, sem conluio e/ou corporativismo.

Júlio Paschoal, Economista e Professor da UEG

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Alan Ribeiro
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