
Obstruções em vasos sanguíneos são relativamente comuns em quadros graves da doença provocada pelo coronavírus; especialistas orientam formas de prevenção, mesmo após a doença
Indivíduos infectados pelo novo coronavírus podem apresentar distúrbios de coagulação, aumentando o risco de trombose. Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), com 470 angiologistas do país, 39% dos médicos atenderam ao menos um paciente infectado pela Covid-19 que desenvolveu trombose.
O cirurgião vascular, Guilherme Cecílio, explicou que a trombose acomete cerca de um terço dos pacientes com Covid-19 internados em UTI. “A doença aumenta o risco de ter trombose porque promove anormalidades na coagulação. E isso facilita a formação de coágulos por meio de um mecanismo ainda não totalmente conhecido”.
O especialista orientou, ainda, que é importante ficar atento aos sinais, mesmo após ter passado pela doença. “Fique atento aos sinais mais comuns de trombose, que são dor, inchaço, aumento da temperatura nas pernas, coloração vermelho-escura ou arroxeada e endurecimento da pele. Caso apresente sintomas, não deixe de procurar por assistência médica e fazer o exame de Doppler Venoso, quanto mais precoce o tratamento, maiores serão as chances de sucesso”, explicou.
Coração
Para aqueles que já enfrentaram a Covid-19 e se recuperaram, o cuidado também deve estar voltado para o coração. Segundo o cardiologista, Dr. Henrique Furtado, evidências apontam para riscos de consequências graves e permanentes. “O fato é que mesmo indivíduos sem problemas preexistentes ou fatores de risco para eventos cardiovasculares podem apresentar alterações da função cardíaca. Sabemos que muitos desses pacientes supostamente recuperados do coronavírus vão precisar de acompanhamento e uma possível reabilitação”, ressaltou.
Para o cardiologista, alguns sintomas podem retornar, mesmo após o indivíduo estar aparentemente curado. “Entre os sintomas estão cansaço excessivo, palpitações, falta de ar e dores de cabeça, no peito e musculares, por isso, é extremamente importante permanecer atento aos sinais do corpo e manter a rotina diária de atenção e dedicação à saúde e procurar, orientações de seu médico”, finalizou o dr. Henrique Furtado.
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