Média de mortes é maior que em 2020 em 76 cidade de Goiás

Caldas Novas é um dos municípios que tiveram variação significativa em óbitos. (Foto: Diomicio Gomes)

Óbitos nos municípios menores de Goiás param de 52% para 58% da primeira para segunda onda. Em Ipameri, por exemplo, o número de óbitos por covid-19 nos primeiros 43dias de 2021 já é maior do que o registrado em 280 dias de pandemia do ano passado.

Em 76 municípios de Goiás, o que corresponde a 30% dcidades, a média diária de óbitos por covid-19 deste ano está cima da parada em 2020. Isso mostra que a pandemia está mais acelerada nestes locais, o que tem levado a um maior número de internações nas unidades públicas estaduais mesmo em outras localidades, como Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Em Catalão, o número de mortes registradas de infectados pelo coronavírus neste ano, apenas até o último sábado, foram 57, contra 84 que ocorreram em todo o ano passado. Ou seja, em 2021 a média é de uma mostra a mais por dia na cidade do Sul Goiano.

O problema é ainda mais grave porque cidades da mesma região também apresenta um aumento na média diária de óbitos registrados. Em Ipameri, que fica a apenas 60km de Catalão, o número de mortes por covid-19 nos primeiros 43 dias de 2021 é maior do que nos 280 dias da pandemia de 2020. No município, 15 pessoas já morreram por infecção causada pelo coronavirus até o último sábado. Entre o fim do Márcio e de dezembro do ano passado foram 14 registros. Válido ressaltar ainda que o sistema de obtenção de dados tem tido atraso histórico em uma média de 15 dias, o que mostra a possibilidade de essas diferença ser ainda maior.

Na primeira fase da pandemia de covid-19, o que significa ter o pico da curva epidemiológica, na semana finalizada no dia 29 de agosto do ano passado, as mortes ocorridas ncinasdades menores correspondiam a 52,42% do total, mesmo sendo moradia para cerca de 65% da população. Estes dados exceto os óbitos de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, que são as três cidades mais populosas do Estado e que possuem os maiores números de registros de casos e de óbitos da pandemia. O avanço para o interior mostra que na fase seguinte, com queda números, os óbitos nas demais cidades são de 57,6% do total.

Este número é ainda maior quando o período analisado é apenas deste ano. Ou seja, se considerado apenas um ano de 2021, até o último sábado (13) 58,48% dos óbitos registrados por covid-19 em Goiás são de moradores das cidades Fora do Eixo Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia. Isso ocorre mesmo sendo esses três municípios os que mais registram número de casos e mortes na pandemia mesmo neste ano. Por exemplo, em média diária de registros de óbitos, a capital continua sendo com maiores números, sendo 7,78 no ano passado e 6,19 neste ano. Para 2020 o ranking seguia com Aparecida de Goiânia (2,19) e Anápolis (1,48), é ainda tinha Rio Verde (1,20), logo em seguida, sendo esta a quarta cidade em número se moradores de Goiás.

Em 2021, o aumento da Média diária de registros de óbitos do covid-19 em cidade do interior e a redução nos maiores municípios fez com que Catalão só ficasse atrás do Goiânia neste ranking. A cidade de Ipameri também fica entre as 10 maiores médias de óbitos por dia com os registros deste ano. Em contrapartida, no geral do Estado, há uma queda no número de registro de óbitos em 2021 com relação a 2020. Neste ano, foram 879 mortes registradas, com média de 20,44 por dia, enquanto que em 2020 foram 25,29 a cada dia, um total de 7.082 registros.

CARNAVAL

A possibilidade do aumento do número de casos de covid-19 nas próximas semanas preocupa secretário de saúde do interior Goiano. Por conta das aglomerações, mesmo que clandestinas e ilegais, durante o Carnaval, os gestores tem pelo aumento de casos e consequente crise número de leitos para atendimento da doença.

Na região do entorno do Distrito Federal, depois da desativação do Hospital de Campanha de Águas Lindas, a preocupação aumentou. Por enquanto ainda não houve falta de vagas para atendimento dos casos, porque o Estado tem colaborado no encaminhamento de pacientes para outras regiões, até mesmo para capital. “Mas acabamos ficando preocupados se houver aumento em todo Estado por conta do carnaval e faltar atendimento”, disse um gestor.

Outra fonte informa que, apesar da quantidade de leitos no interior ainda não ter entrado na pauta de discussões, acredita que em breve o assunto será motivo de mobilização. Isso porque as ações estão sendo concentradas para garantia do cumprimento das metas de vacinação contra o coronavirus e para evitar escândalos de fura-filas. “Mas qual a possibilidade de alta de novos casos, com a segunda onda iminente, certamente teremos uma crise.”

O presidente da Federação Goiana de municípios (FGM) José de Souza Cunha diz que os gestores que assumiram agora ainda estão cautelosos com acompanhamento dos casos. Temos acompanhado e todos prefeitos e secretários estão atentos, mas eles precisam do apoio da população. Se os casos saem do controle agora o prejuízo é para o Estado. Mas por enquanto está tudo dentro do esperado, com uma curva de crescimento, mas dentro do que já vinha sendo registrado.”

Fonte O Popular

Compartilhe seu amor
Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

Alan inicia seus trabalhos com o único objetivo, trazer a todos informação de qualidade, com opinião de pessoas da mais alta competência em suas áreas de atuação.

Artigos: 18662