Inhame melhora a imunidade e visão: veja 6 benefícios do alimento

O inhame é um dos tubérculos que fazem parte de diversas receitas dos brasileiros. As cores do alimento variam –podendo ser encontrado nas tonalidades marfim, amarela e roxa. Costuma ser um alimento pequeno, robusto e do tamanho de uma batata-doce. Sua casca é marrom e cheia de fiapos.

Mas, o que lhe falta em beleza sobra em nutrientes importantes para o organismo. O tubérculo fornece bastante energia e cada 100 g contém cerca de 97 calorias. É composto principalmente de carboidratos complexos e fibras solúveis. É uma excelente fonte de vitaminas do complexo B, como vitamina B6, vitamina B1, riboflavina, ácido fólico e niacina.

Ele também contém uma boa quantidade de antioxidantes e vitamina C. Já em relação aos minerais, o inhame possui cobre, potássio, ferro, magnésio, cálcio e fósforo. A seguir, mostramos os principais benefícios desse alimento.

1. Melhora problemas respiratórios

Uma pesquisa divulgada pelo Journal of Traditional Chinese Medicine mostrou que o inhame melhora a função respiratória e a qualidade de vida de pacientes com a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Esse é um problema de saúde que está ligado ao tabagismo (entre outros fatores) e causa bloqueio da passagem de ar, dificultando a respiração. Estima-se que no Brasil existam cerca de 5 milhões de pessoas com DPOC e a Organização Mundial de Saúde (OMS), aponta a doença como a terceira principal causa de morte em 2030.

2. Previne doenças cardíacas

O inhame tem boa quantidade de vitamina B6, necessária ao organismo para quebrar uma substância chamada homocisteína, que danifica as paredes dos vasos sanguíneos. Altos níveis de homocisteína também podem levar a ataques cardíacos. O potássio, presente no alimento, também é um componente que controla a frequência cardíaca e a pressão arterial, combatendo os efeitos do sódio, evitando a hipertensão. Além disso, o inhame possui fitosteróis, que bloqueiam a absorção de colesterol, competindo com ele e retirando-o do organismo.

3. Ajuda a perder peso

Por ser rico em carboidratos complexos e também pelas fibras, é considerado um excelente alimento para integrar a dieta de quem está pensando em perder peso. O inhame mantém o organismo mais tempo saciado, promovendo ainda o controle dos níveis de glicose no sangue. Com isso, a insulina será produzida em menor quantidade, o que poupa o pâncreas e também evita o mecanismo de estocagem de gorduras abdominal. Existem também trabalhos científicos que relacionam o consumo de inhame com redução da adiposidade (gordura) e aumento da massa magra do corpo.

4. Aumenta a imunidade

Uma das principais características do inhame é ter uma ação desintoxicante e depurativa. Assim, auxilia na eliminação das toxinas do sangue por meio da excreção dessas substâncias por meio da pele, rins e do intestino. O tubérculo também possui a propriedade de fortalecer o sistema imunológico por ter boas quantidades de vitamina C e vitaminas do complexo B (como B1, B3, B5, B6 e B9).

5. Melhora a visão

O inhame possui vitamina C, que é um nutriente que reduz a probabilidade do surgimento da degeneração macular –que causa a perda da visão em pessoas mais velhas. Além de prevenir a catarata, hidratar os olhos e melhorar a visão noturna. Estudos realizados em mulheres demonstram que a vitamina B6, presente no inhame, diminui o risco do surgimento da degeneração macular.

6. Faz bem para pele

O consumo do alimento ajuda a pele a ficar mais hidratada e evita o envelhecimento precoce. Isso ocorre devido a presença da vitamina A que ajuda a reter mais líquidos e auxilia na eliminação dos radicais livres do organismo. Uma pesquisa mostrou que produtos dermatológicos com propriedades do inhame contribuem no tratamento de peles irritadas e para evitar o envelhecimento.

Benefícios não comprovados

– Previne o câncer: o inhame também ajuda na inibição do câncer, especialmente do câncer de cólon. A fibra dietética desse tubérculo previne esse tipo de câncer, pois impede que os compostos tóxicos de outros alimentos entrem na mucosa do cólon. Já a vitamina A presente no alimento fornece proteção contra o câncer de pulmão e na boca.

Estudos realizados em ratos mostram os efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios do inhame. Sabe-se que pelo teor de fibras, o inhame contribui para diminuir a diverticulite, contribuindo com a redução da inflamação no divertículo; e pelo teor de antioxidantes, pode contribuir, dentro de uma alimentação balanceada, na redução de câncer de cólon e de mama. Porém, são necessárias mais pesquisas científicas para comprovar esse benefício.

– Ajuda na menopausa: o inhame contém uma enzima que fornece uma alternativa natural à reposição hormonal em mulheres que atingiram a menopausa. Sendo assim, contribui para diminuir os sintomas comuns nessa fase. Um estudo publicado no periódico científico Climacteric avaliou os efeitos do alimento nos sintomas da menopausa e mostrou que não há efeitos colaterais do inhame. Chegaram à conclusão de que mais estudos ainda precisam ser realizados para comprovar a eficiência do tubérculo no bem-estar da mulher nesse período.

Formas de consumo

O inhame é um alimento saudável, mas por ser fonte de carboidratos, seu consumo deve ser moderado. A recomendação é de uma a duas porções por dia. Ele pode substituir o carboidrato (arroz, batata, macarrão e pão) nas refeições. A forma de consumo varia bastante – preparado cozido, assado, na forma de purês, sopas e até em sucos.

Na hora do cozimento, opte pelo alimento com casca e inteiro no vapor ou pressão. Depois de cozido, o inhame se torna ingredientes de receitas de sopas, carnes, bolos e tortas.

Riscos à saúde

Alguns especialistas contraindicam o inhame para as gestantes ou lactantes, pois ainda não se sabe ao certo como o inhame interfere nos hormônios femininos.

Raramente o inhame provoca efeitos colaterais, mas em casos específicos ocorrem náuseas e dores de estômago por conter uma substância chamada saponina em sua composição. E o organismo não consegue eliminar de maneira natural essas toxinas presentes no alimento.

Além disso, há casos de pessoas que já apresentaram alergia ao alimento e sentiram coceiras e formigamentos. Para pacientes com aumento do potássio, como é o caso de quem possui doença renal avançada, é importante procurar orientação médica antes do consumo para evitar complicações.

Fontes: Breno Lozi, nutricionista e professor de Nutrição e Dietética no Centro de Ensino Enf-Ciência – Carangola/MG e Isolda Prado, nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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