Alexandre Garcia: “Agenda de bom senso”

“O drama que pesa sobre a cabeça de prefeitos, governadores e presidente também exige que, solidários, cumpramos uma agenda de bom senso, com racionalidade e cabeça fria”

 
(foto: Caio Gomez/CB/D.A Press)

Enquanto se discute no Supremo se a responsabilidade pelo isolamento é do Presidente ou é de governadores e prefeitos, quem está mesmo na ponta do Brasil real são os prefeitos. À exceção de prefeitos de grandes cidades, mais de 95% deles são quem sofrem literalmente na pele e, também, na consciência, a responsabilidade sobre a saúde física e econômica de seus munícipes.  E, ainda, cada dia mais perto da eleição municipal. Aqui, em Brasília, o presidente sofre pressões de todos os lados, mas quem é mais alvo de cobrança é o prefeito. Assim como o presidente tem que se sujeitar a decisões do legislativo e judiciário, os prefeitos também sofrem essas restrições.

Imagino quantas são as noites mal-dormidas de prefeitos exigidos por todos os lados, neste momento crucial de pressão de um vírus que não se conhece bem, mas se sabe que está entre nós, e de uma crise econômica que se agrava a cada dia de parada no comércio, serviços e sobretudo nos avulsos e informais. Também quantas noites mal-dormidas de pais e mães de família a pensar na alimentação dos filhos no dia seguinte, muitos dependendo da merenda na escola fechada.
Nós, brasileiros, nos qualificamos como solidários. E é o que o momento exige. Solidariedade nos cuidados para não sermos vítimas ou condutores do contágio. E solidariedade para não sermos instrumentos do caos econômico que pode virar caos social. O drama que pesa sobre a cabeça de prefeitos, governadores e presidente também exige que, solidários,  cumpramos uma agenda de bom senso, com racionalidade e cabeça fria.
Fonte: Alexandre Garcia / Correio Brazilense
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Alan Ribeiro
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