
Mais uma vez somos convocados à pagar uma conta que não fizemos. Até quando Governador, nos usarão para cobrir os desacertos da administração estadual, passada ou presente.
Todos nós temos obrigações perante aos nossos filhos e junto aos nossos fornecedores e prestadores de serviços.
Governador os cidadãos que trabalham numa ponta são servidores públicos, na outra são consumidores. Sem o consumo não há investimentos e muito menos a abertura ou mesmo a manutenção de postos de trabalho.
É fácil para um governante propor o corte dos salários, de seus servidores, pois nos quatro anos que habita o Palácio, todas as despesas são pagas, o salário fica livre para poupar, diferente dos servidores públicos, que tem que pagar por tudo, inclusive o de assistirem calados, o corte de seus salários, cujas reposições na data base, não ocorrem a um bom tempo, o que tem levado a perda do poder aquisitivo a cada ano.
Porque ao invés de propor o corte de salários dos servidores públicos, não se cortam as mordomias dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), como: carros, combustíveis, verbas de gabinetes do governador, vice governador, deputados estaduais, desembargadores, conselheiros, passagens áreas, auxílios de toda ordem e mais os chamados penduricalhos, que fazem com que os salários, sejam a menor parte das rendas das autoridades brasileiras.
Se não é possível cortar as verbas de representação, por que não rever as estratégias de fechamento das empresas e deixá-las, produzir, para que a receita pública não venha ter uma queda superior a R$ 8,0 bilhões no período de quarentena?
Porque não permitir que as empresas retornem a produzir e comercializar seus produtos, dentro de um esquema de fiscalização forte, evitando aglomerações?
Porque não exigir das empresas um controle do número de pessoas a entrar por vez e permanecer nesses estabelecimentos, para evitar o contágio e a propagação do vírus?
Governador sei que quer o melhor para o Estado, mas é preciso agir com bom senso, uma depressão econômica, irá matar muito mais do que o coronavirus, falo com propriedade em economia, que o senhor fala como médico.
O Estado está quebrado, não quebre as empresas. Para que o senhor diminua a relação dívida pública/ receita pública de 93% para algo em torno de 60%, terá que aumentar a arrecadação e fazer cortes estruturais na máquina pública, ainda não realizados.
Para aumentar a arrecadação terá que autorizar o retorno gradativo das empresas, tendo como base a proporcionalidade de empregados.
Como ficam os autônomos, aqueles de pequenos comércios? De portas fechadas, não alimentam seus filhos, não pagam suas obrigações e muito menos sobrevivem dignamente. No desespero, vão roubar, saquear, matar ou cometer suicídio.
Muito melhor que manter as portas das empresas fechadas, se deteriorando, é autorizar suas aberturas, com regras rígidas e que se não cumpridas, aí sim terão penalidades fortes, inclusive de fechamento, o senhor tem autoridade para fazer esse tipo de exigência.
A quarentena é importante para não colapsar o sistema de saúde ? Ok, mas não pare a economia, se assim continuar teremos muitas falências, com desemprego em massa.
Governador estando onde está não pense apenas como médico, mas principalmente como gestor, legitimamente eleito pelo povo.
Governador voltar atrás no que se fez em excesso, não é demérito e sim sabedoria. Seja líder e não chefe.
Governador por mais que o Presidente da República, peque nas falas e gere conflitos, não é hora desse tipo de briga, rompimento, isolamento, a ser feito pelos governadores. O país precisa de união.
Nesse momento tem que imperar o republicanismo e não picuinhas partidárias e interesses outros, que levam a disputa por poder.
Governador, sugiro que determine a seu grupo de crise, a fazer um diagnóstico em todos os municípios, aqueles cujo o vírus, não avançou ou teve seu número de casos suspeitos abaixados, autorize os prefeitos a reabrir as empresas , para que as coisas comecem a ser restabelecidas, e não cheguemos aos caos social.
Concluindo: Governo a saúde e a economia tem que andar juntas, não as descole, caso isso ocorra a mortalidade, tende a ser muito maior do que as verificadas com o Coronavírus.
Como homem público experimentado que é não aja apenas com as mãos de ferro, mas principalmente com sabedoria e o bom senso, tenha a população a seu lado e não contra o senhor.
Fique no leme e não no remo e lembre seja mais líder do que chefe de Estado, a bola está em suas mãos, não deixe de fazer o gol.
Boa sorte em suas decisões, não faço apologia para o quanto pior melhor, pelo contrário, estamos no mesmo barco e se ele afundar todos nós afundaremos com ele.