Júlio Pascoal: Bola Fora

O cenário sombrio que paira sobre o mundo e principalmente no Brasil, tem que levar autoridades de todos os níveis a primeiro pensar na vida, do que em possíveis perdas, até por que, essas serão inevitáveis.
O Presidente da República, por exemplo no afã de agradar seus fãs, desrespeitou orientações médicas, se expôs e colocou a vida das pessoas em risco.
Porque digo isso? Por que em sua comitiva que foi aos EUA, quatorze pessoas, já haviam contraído o vírus e tiveram contato direto com ele. Mesmo tendo testado negativo, poderia ter evitado esse tipo de contato naquele momento.
Em Goiás, com postura de chefe de Estado e de médico responsável o Governador Ronaldo Caiado, foi obrigado a se expor, mesmo integrando o grupo de risco, na tentativa de frear a manifestação, pro Bolsonaro, contra o Congresso e o STF, não por ser contra a um ato legítimo e democrático e sim para tentar conter uma possível propagação do vírus, que já estava presente em Goiás.
Em Goiânia, o prefeito Íris Rezende, também tomou medidas importantes, com o fechamento de parques, como: o Multirama, Zoológico, a paralização de feiras livres, cinemas, bares, restaurantes e outros similares, também na tentativa de frear a proliferação desse vírus letal, intitulado de coronavírus.
No entanto dou bola fora, a CMTC, que regula o transporte coletivo na capital do Estado. Ao invés dela exigir das empresas a higienização dos ônibus e mantê-los, nas ruas, atendendo interesses das empresas, autorizou a retirada de 200 ônibus, de circulação.
Uma medida como essa privilegia o lucro em detrimento da vida das pessoas. Ora o que devia fazer as empresas com o aval da CMTC? Manter os ônibus circulando, para diminuir o número de passageiros, por veículo e com isso, garantir um espaço mínimo entre aqueles que precisam do transporte coletivo para trabalhar ou mesmo se deslocar, sem a possibilidade de contágio direto, por ficar muito próximo das pessoas, tendo em vista a lotação.
Quando a vida das pessoas será colocada em primeiro plano?
Sugiro que a CMTC, volte atrás em sua medida e cobre das empresas de ônibus, uma postura mais humana e menos lucrativa, mostrando que a responsabilidade social não pode e não deve ficar apenas papel.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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