Jornalismo como arma contra o coronavírus e qualquer foco de desinformação

Ainda de consequências imprevisíveis, o coronavírus, até o momento sem vacina, tem no jornalismo uma fonte de cura contra a desinformação
Foto: Carlos Jasso – 13.mar.2020/ Reuters

Para além do problema de saúde, o novo coronavírus vem causando impacto na educação, no mercado de trabalho, na realização de grandes eventos, no sistema penitenciário, no funcionamento de igrejas, entre outros.

Não se contentar com mais do mesmo, com bater em uma única tecla sobre o jeito de escrever a notícia, nos move a entregar o jornalismo de mais qualidade nessa estreia da CNN Brasil. É preciso colaborar com a compreensão dos fatos por parte desta sociedade que despertou para a necessidade de se informar de maneira isenta, plural.

Precisamos dizer que o avanço do coronavírus está deixando 421 milhões de crianças sem aulas em todo mundo, por causa de mudanças na rotina escolar, como o fechamento de escolas, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Até semana passada, e pelo mesmo motivo, eram 290 milhões de crianças afastadas das escolas.

Precisamos dizer, também, que a liberação de tantos funcionários para trabalhar em casa deve ser planejada, entre outras variáveis, sob a ótica da segurança cibernética, como preservar processos, dados e rotinas de um escritório entre quatro paredes de uma casa. Precisamos explicar as medidas, tendências e impactos de cada uma delas para não nos permitir ficar batendo cabeça com soluções inócuas ou de efeitos nem sempre positivos.

No Brasil, não há casos de fechamento de escolas, mas suspensão de aulas sim. Como no Distrito Federal, que cancelou encontros de escolas e universidades públicas e privadas por 15 dias. A medida, cujo impacto ainda está sob avaliação, levanta questionamentos lógicos: é que a liberação de estudantes para casa faz com que eles tenham mais contato com seus avós, ou seja, os idosos, que são justamente o público alvo dessa doença.

Sobre o homework, Google e Microsoft dispensaram seus funcionários para trabalhar de casa e também liberaram licenças de aplicativos para facilitar o trabalho remoto. Em que pese o sigilo das informações, esse conteúdo pode estar sendo tratado no sofá de casa, entre uma ou outra xícara de café. Também é uma experiência que exige cuidados.

A história de crises, de políticas a área da saúde, nos mostra que a desinformação é um mal de alta letalidade. Ainda de consequências imprevisíveis, o coronavírus, até o momento sem vacina, tem no jornalismo uma fonte de cura contra a desinformação.

 Basília Rodrigues, CNN

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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