
Que infelicidade na colocação do ministro Paulo Guedes. Um técnico competente, que tem feito um bom trabalho no realinhamento das contas públicas, não pode se dar ao luxo de esquecer quem de fato, trouxe e ainda da prejuízos ao Estado brasileiro.
Ministro chamar servidores públicos de parasitas, é desconhecer o papel desses cidadãos, na história de construção do Estado. Se há excessos, não foram dados por eles, pelo contrário, são contratados ou nomeados, através de leis, elaboradas pelos executivos nos municípios, estados e na união, e votadas em Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional e sancionadas pelos chefes dos poder executivo, em todas as instâncias de poder. Os servidores públicos, não lhes dão direitos e nem obrigações, as leis criadas e sancionadas por burocratas, na maioria das vezes em seus gabinetes, climatizados e descolados da realidade é que lhes impõe regras com ou sem ônus, para as respectivas esferas de poder.
Portanto senhor ministro, pense e reflita antes de jogar palavras ao vento, desprezando cidadãos, que trabalham e pagam impostos para manter servidores temporários, como o senhor que está e não é Ministro da Economia do Brasil.
O respeito cabe a todos, independente do cargo importante que ora ocupa. No Brasil, é preciso pôr os pingos nos is.
A maior despesa não é a da previdência, que o senhor e outros burocratas, defendem e sim do pagamento de juros da dívida pública, não feita por nós servidores públicos, mas sim pelos desmandos de governantes inescrupulosos, desde que o país deixou de ser colônia de Portugal.
O superfaturamento de obras públicas, as mas gestões, os desvios de recursos, o desperdício, a inexistência de planejamento e a corrupção impregnada em todos os níveis de governos, é que nos colocou onde estamos e não os servidores públicos. Nos respeite senhor ministro.
Defenda suas teses, com números reais e não fabricados para servi-lo, identifique os pontos verdadeiramente nevrálgicos da economia, proponha leis mais duras aos bancos, que tem lucros estratosféricos por estarem sob o regime contábil, conhecido pelos técnicos como lucro presumido e não o real, como se submetem as empresas que produzem nesse país.
Não crie impostos sobre os correntistas mas sim sobre os lucros aferidos por essas instituições financeiras que tem muito mais sugado os recursos, do que concedido créditos à produção.
Ministro seja duro contra os que assaltam o Estado Brasileiro, mas respeite o servidor público e não lhe imputem, as contas que levaram os estados, a conviver com um processo falimentar. Seja justo.
Júlio Páscoal