Destinar um mínimo de 25% para Educação não é favor e sim obrigação, uma vez que sem investimentos em educação, um Município, Estado e Nação, não transformam para melhor a vida das pessoas que neles residem.
Nos últimos vinte anos, é percepitível que a destinação desses recursos em todas as esferas públicas, sem a devida delimitação para os seus principais pilares: pesquisa, extensão, capacitação, valorização do profissional e infraestrutura, impediram que a educação, atingisse seus verdadeiros objetivos.
Como professor universitário, posso dizer que grande parte dos alunos, que vem do ensino fundamental e médio, principalmente da rede pública estadual, apresentam deficiências na escrita, concordância, pontuação, articulação de ideias, dentre outras, prejudicando seu desempenho.
Para além dessa questão a PEC em tela, não da a UEG, a certeza que terá o mínimo para garantir a qualidade na prestação de seus serviços a comunidade acadêmica, presente em seus vários campus, espalhados pelo Estado.
Deixar para o Governador, escolher o percentual de repasses não é a medida mais correta. Educação Superior, precisa de política de Estado e não de Governo. O Governador que enxergar a Educação Superior, como um bem importante, passará um percentual maior o que tiver pensamento diferente, passará um percentual menor, situação essa que poderá fragmenta-la ainda mais, com prejuízos ao desenvolvimento socioeconômico do Estado. Parabenizo os deputados que votaram contra (Alysson Lima, Talles Barreto, Lucas Calil, Henrique Arantes, Hélio de Souza, Leda Borges, Cláudio Meirelles e Adriana Accorsi) e não digo o mesmo para os que tiveram ausentes, ( Antônio Gomide e Gustavo Sebba). A discussão e votação de uma matéria tão importante como essa, não cabe a um homem público eleito pela população estar ausente, principalmente de oposição ao governo, uma vez que uma das principais funções do legislador é fiscalizar com isenção os atos do poder executivo.
Júlio Páscoal
