
De histórias em quadrinhos e programas de rádio à programas de TV e jogos, o mundo sempre esteve cheio de coisas que nos distraem. Hoje, a maioria de nós culpa nossos telefones ou, mais especificamente, as mídias sociais. No entanto, esses não são os verdadeiros culpados, de acordo com o especialista em tecnologia Nir Eyal. Em vez disso, nossa distração é geralmente motivada pelo desejo de escapar do desconforto, incluindo tédio, medo e ansiedade. “O segredo para manter o foco em momentos como esse não é se abster do escritório — você encontrará apenas outra distração —, mas mudar sua perspectiva sobre a tarefa em si.” Ian Bogost, professor de computação interativa no Instituto de Tecnologia da Geórgia, escreveu 10 livros, incluindo títulos peculiares como How to Talk About Videogames, The Geek’s Chihuahua e, mais recentemente, Play Anything. No último livro, Bogost faz várias afirmações que desafiam o modo como pensamos em diversão. A brincadeira pode fazer parte de qualquer tarefa difícil, ele acredita, e embora não precise necessariamente ser prazerosa, ela pode nos libertar do desconforto – o que é o ingrediente central da distração. Imagine o quão poderoso você se sentiria se fosse capaz de transformar o trabalho que precisa fazer em algo que pareça brincadeira. É mesmo possível? Bogost pensa que é, mas provavelmente não da maneira como pensamos.
Fonte: Meio Clipping