
A Celg era a empresa mais antiga e duradoura de Goiás, criada em 1955 na gestão de Pedro Ludovico. Considerada um orgulho pelos goianos, nos últimos 20 anos foi completamente sucateada.
Conforme a informação, o governador Ronaldo Caiado (DEM) estaria descontente com os serviços prestados pela empresa sob comando da multinacional italiana.
Ele se reuniu hoje com Luis Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Imprensa, e recebeu “aval” para divulgar que o Governo Federal articula a cassação dos serviços da multinacional. O estado teria duas ações: ou refazer o processo licitatório de venda, com garantias para o povo goiano, ou assumir os serviços de volta.
Hoje ainda o governador deve se reunir com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tendo em vista escolher a melhor solução para o caso.
Jair Bolsonaro se mostrou sensível ao fato de que os empresários e demais usuários goianos têm reclamado da qualidade dos serviços. Mesmo com a venda, a qualidade é considerada uma das piores do Brasil.
A comercialização da Celg se deu envolvida em polêmicas, já que Caiado, quando atuava como senador, denunciou suposto desmonte da estatal, que beneficiaria o então governador Marconi Perillo (PSDB).
O que sobrou da venda da Celg teria sido usado no programa “Goiás na frente”, hoje denunciado como principal responsável pelas obras paradas em Goiás.
Após o anúncio da venda da Celg D, em 2016, o Ministério Público de Goiás iniciou uma investigação para saber onde estavam os recursos, já que existe ainda a suspeita de que a venda culminou com prejuízos para Goiás.
Nos últimos meses, o segmento produtivo apresentou reclamações contra os serviços prestados, já que a principal contrapartida para a privatização seria o investimento na melhoria dos produtos oferecidos pela empresa.
Fonte: Diário da Manhã – WELLITON CARLOS DA SILVA