
O povo pergunta: já existiram massacres dessa natureza no passado, tipo anos 1950 ou 1960? Não. Parece que é algo da modernidade pós-sociedade da produção. É sociedade de consumo que desperta tais possibilidades de delírio coletivo ou grupal. Então tínhamos adolescentes doentes no passado? Sim. Mas sem o instrumental moderno: games, música pop, sociedade em rede, aulas de como explodir escolas, maconha facilitada, coberturas hipermidiáticas em tempo real, comunicação de ódio explícito nos meios institucionais (governos, poder judiciário, etc), corrupção explícita, desesperança para jovens hiperconsumidores subempregados. O povo ainda pergunta: que área do conhecimento tem mais know how para compreender o ocorrido? Não é um caso clássico de sociologia da violência nem criminologia. Está centrado na psicologia social ou psiquiatria dos psicopatas.
Welliton Carlos – Editor do Diário da Manhã