Incendio no CT do Flamengo provoca morte de atletas da base

Dez pessoas morreram em um incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo no início da manhã desta sexta-feira (8). Cinco vítimas foram identificadas até as 12h20: eram atletas da base do time. O fogo destruiu parte dos alojamentos do Ninho do Urubu, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio.

As chamas atingiram as instalações onde dormiam jogadores entre 14 e 17 anos que não residiam no Rio. A suspeita é que um curto-circuito em um ar-condicionado foi a causa do incêndio.

O Fla-Flu e o jogo Vasco x Resende, válidos pela semifinal da Taça Guanabara neste fim de semana (9 e 10), foram adiados. O governador Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella decretaram luto oficial de três dias.

Às 9h50, a polícia chegou ao Ninho do Urubu para fazer a perícia. Um inquérito foi instaurado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) para apurar as causas do desastre. Uma das hipóteses investigadas é a de que tenha havia um curto-circuito no ar-condicionado.

Por volta das 11h, os primeiro corpos começaram a ser retirados e levados para o Instituto Médico-Legal.08fla02

Treinos cancelados

De acordo com um funcionário que trabalha no setor administrativo da base do Flamengo, os meninos seriam transferidos do local onde estavam alojados na semana que vem. Segundo ele, a base do clube migrou para onde era o profissional e já estava em processo de mudança.

O funcionário – que preferiu não se identificar – disse que, por causa da chuva na noite de quarta-feira, os meninos estavam de folga.

“Era o dia de folga, pra nossa sorte. Demos folga ontem [quinta] por causa da tempestade e cancelamos o treino de ontem e o de hoje [sexta]. Alguns atletas que moravam mais próximos foram pra casa”, declarou.

Segundo mães de atletas, o treino cancelado liberou os jovens que moram no Rio para dormir em suas casas. Desta forma, só pernoitaram no alojamento adolescentes que vieram de fora, como Cauan Emanuel.

“Se tivesse treino hoje, a tragédia teria sido muito maior”, disse uma mãe.

Passagem bloqueada

O funcionário disse que chegava ao Centro de Treinamento no momento em que as chamas começaram. “Chegamos pra trabalhar eram umas 6h, junto com bombeiros. Eu recebi um telefonema quando eu estava chegando”, disse ele.

“O fogo pegou exatamente no local que estavam as crianças. Não espalhou porque os bombeiros chegaram rápido. Ali tinham três ou quatro quartos. O fogo pegou na porta e reteve a passagem”, completou.

O funcionário não soube dizer se a sede tinha brigada de incêndio, mas afirmou que havia extintores no local e que eles chegaram a ser usados no momento do incêndio.

Alexandre Sanz, preparador físico do Flamengo, acha que não tem clima para a realização de um Fla x Flu neste sábado (9). “Fica difícil ter o jogo porque houve uma situação emocional muito forte”.08incendio-flamengo

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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