
Em Novembro, mais precisamente nesta semana, maioria das empresas que vão parcelar o pagamento do 13ºSalário de seus colaboradores já estão efeturando esse pagamento. Caso precise de fonte, temos um especialista na sua cidade que está disponivel para entrevistas.
Pagar as contas deve ser a prioridade, porém, se o dinheiro estiver sobrando, vale investir parte do valor, programar uma viagem, sair da rotina ou diminuir o stress
Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que o pagamento do 13º salário vai injetar mais de R$ 211,2 bilhões na economia brasileira até o último mês do ano. O valor representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e vai beneficiar mais de 84 milhões de trabalhadores do mercado formal, inclusive aposentados, pensionistas e empregados domésticos.
Para quem está em dúvida sobre a melhor forma de empregar, o consultor de negócios da Sicredi Central Brasil Central, Leonan Artiaga Povoa Filho, dá algumas dicas. A primeira e mais importante é pagar as dívidas. A segunda é fazer uma reserva a ser aplicada em poupança. Mesmo para quem ganha um salário mínimo, poupar deve ser um hábito. Isso permite conquistar bens e de certo modo, é um importante passo rumo ao equilíbrio financeiro, lembra o consultor.
Leonan explica que atualmente as melhores opções, tendo em vista as taxas de juros são a poupança, os CDBs (RDC no caso das cooperativas), e fundos de investimento de curto prazo. “Se está devendo, evite o parcelamento, uma vez que os juros de dívidas são sempre maiores que o lucro de investimentos”, ressalta.
O consultor lembra ainda que o cenário econômico com a crise entre EUA e Turquia a troca de presidente no início de 2019, no Brasil, gera a desconfiança dos investidores. Cenários desconhecidos podem interferir na alta da inflação e consequentemente, reduzir ainda mais o poder de compra dos brasileiros. “Nesse sentido, estar com o nome limpo e as dívidas em dias pode fazer a diferença em caso de necessidade de crédito extra”, esclarece.
Há casos em que tudo isso – pagar dívidas e fazer investimentos já integram o orçamento. Nestas situações é importante investir em lazer para reduzir o stress. “Sair da rotina ou viajar também significam dinheiro bem aplicado, já que interfere na qualidade de vida das pessoas. Mas, nada de usar o dinheiro para isso se ele não estiver disponível de fato, pois pode gerar ainda mais dor de cabeça. Planeje-se”, conclui.
Fora da caixa
Para aqueles que não possuem dívidas há mais opções. Como explica o também consultor de negócios da Sicredi Cerrado, Gean Carlos Borges de Araújo, é possível, por exemplo, começar um consórcio na modalidade de serviço e já dar um lance maior com o valor extra. “O 13º também pode ser usado nesse caso, sendo assim, para alguma compra de valor maior, como viagem, cirurgias, compra de carro, entre outros. O bacana é que o consórcio acaba induzindo a pessoa poupar. Ademais você consegue um bom valor a juros bem menores que em empréstimos convencionais”, explica.
Sobre as compras de fim de ano, Gean alerta para os gastos que nem todos colocam na ponta do lápis, mas fazem toda a diferença depois. “A gasolina para ir ao interior na casa dos familiares, as passagens aéreas ou de ônibus são exemplos de despesa que nem sempre levamos em consideração. Mas, esses deslocamentos maiores podem pesar no orçamento, ainda mais para quem já gastou com os presentes, roupas e outros”, ressalta.
Mais dados
A Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam um rendimento adicional médio de R$ 2.320,00. Os estados da região Centro-oeste ficarão com 8,9% do pagamento do 13º salário em todo país.