Com a vitória de João Dória neste domingo, o PSDB de São Paulo estendeu para 28 anos o seu ciclo de poder e ensinou ao país – e ao tucanos de Goiás, principalmente – que o cansaço do eleitorado com um partido político e seus líderes não decorre automaticamente do seu tempo de permanência no governo, mas sim da competência demonstrada ao longo dos anos.
São Paulo tem o governo administrativa e financeiramente mais equilibrado de todo o país. O Estado aparece em 1º lugar em todos os rankings de comparação entre as unidades federativas, seja qual for o critério de avaliação. No mais importante de todos, o fiscal, está um século à frente. É esse bom desempenho que fez com que o PSDB paulista, ao contrário do goiano, esteja agora a caminho de quase três décadas de hegemonia política.
Um exemplo que Marconi Perillo e sua entourage não seguiram. Hoje, Goiás é um Estado com as finanças arrebentadas, que vai ser entregue a Ronaldo Caiado em situação de terra arrasada. Ao completar 20 anos contínuos de controle do governo do Estado, a avaliação do eleitorado, através das urnas do último dia 7 de outubro, foi a pior possível. Os tucanos foram varridos do mapa, elegendo apenas um deputado federal e seis estaduais, além de ver Marconi em 5º lugar na disputa pelo Senado (em Goiânia e Anápolis, ficou em 6º) e Zé Eliton em 3º na corrida pelo Palácio das Esmeraldas.
Como se vê pelo resultado da eleição em São Paulo, não se trata de simples e automática fadiga de poder pelo tempo apenas pelo tempo em que durou, mas de cansaço com a incompetência.
Fonte: Blog do José Luiz Bittencourt