Eleições 2018: Agora quem decide é o povo

População decide futuro de Goiás e do Brasil em uma das eleições mais disputadas dos últimos tempos; 4,4 milhões de goianos escolhem quem governará a partir de janeiro.

Welliton Carlos

O Brasil decide hoje seu futuro através do voto. E como Goiás também escolhe seus candidatos, o cidadão tem dupla missão cívica: escolher seu representante e decidir os rumos da coletividade.  É uma festa democrática. Quase uma perfeição, não fossem as artimanhas que ainda insistem em perpetuar no poder os poderosos: os candidatos mais ricos geralmente conseguem se eleger ou reeleger.  Já candidatos sem poder aquisitivo e grandes recursos apresentam sempre maiores dificuldades em representar a população.

A campanha eleitoral terminou ontem. Novos paradigmas políticos foram estabelecidos: horário eleitoral foi relativizado. E as redes aumentaram sua importância. Mas quem vencerá?

No Estado, 4,4 milhões de goianos podem decidir o futuro do Governo de Goiás e ajudará a definir o futuro do Brasil – Goiás é o 12º estado do país em número de eleitores.  O estado enfrenta uma crise sem precedentes em diversas áreas – o que deve determinar a disputa

Com 13,9 mil seções eleitorais, o Estado terá que decidir entre Ronaldo Caiado (DEM), José Eliton (PSDB), Daniel Vilela (MDB), Katia Maria (PT), Wesley Garcia (Psol) e Marcelo Lira (PCB).  Da mesma forma, os eleitores terão que optar entre os candidatos ao Senado, em uma das disputas mais emocionantes dos últimos tempos. O cenário segue completamente indefinido. Jorge Kajuru (PRP), Vanderlan Cardoso (PP), Wilder Morais (DEM), Lúcia Vânia (PSB), Marconi Perillo (PSDB), Luis César Bueno (PT), Agenor Mariano (MDB), Fabrício Rosa (Psol), Alessandro Aquino (PCO), Geli (PT), Magda Borges (PCB) lutam por uma vaga. Nestas eleições o goiano pode escolher dois representantes do Senado para estarem em Brasília na defesa dos interesses do Estado.

Cabe ao senador fiscalizar os atos do presidente da República e do poder Executivo, além de apresentar projetos de lei. De forma paralela, ele também pode conseguir recursos para os municípios e atuar na defesa dos interesses públicos das cidades e Estado.

Não bastasse, os goianos terão que selecionar 41 deputados em um universo de 907 candidatos.  Enquanto o mandato de senador é de oito anos, os deputados atuam durante quatro anos.  Goiás tem ainda 229 candidatos a deputado federal, cuja função é semelhante a do senador, mas atua com prerrogativas, casas e períodos diferentes e de forma revisora.

Conforme o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), 12 mil policiais atuarão nas eleições de Goiás, sendo que 13 mil mesários estarão atuantes na fiscalização e organização do pleito.

NACIONAL

Enquanto as eleições para o Governo de Goiás se revelam praticamente decididas conforme as várias pesquisas eleitorais que foram realizadas ao longo da pré-campanha e campanha,  a disputa para a presidência da República se transformou um verdadeiro cavalo de batalha em todo país. Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (REDE) protagonizam uma disputa por duas vagas no segundo turno – caso venha a ocorrer, já que existem pesquisas que indicam a liquidação da disputa já no primeiro turno para Bolsonaro.

De forma mais distante, Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (NOVO), Cabo Daciolo (Patriota), Álvaro Dias (Podemos), João Goulart Filho (PPL), Guilherme Boulos (Psol), Vera Lúcia (PSTU), José Eymael (DC) também lutam pelo voto do brasileiro neste domingo, que marca a história do país.

ESCOLHA COM CONSCIÊNCIA

A importância das eleições é determinante para diversos desdobramentos futuros do Brasil. A escolha consciente do eleitor deveria ser um dever, na medida em que a taxa de juros, a qualidade dos serviços públicos, o tamanho das filas no SUS, os direitos trabalhistas e vários outros dependem de decisão política. É através do Congresso Nacional, que engloba o Senado e a Câmara dos Deputados, que os 513 deputados federais e 81 senadores decidem normas criminais, cíveis, de consumidor e de administração.

Da mesma forma, os chefes do poder Executivo – Goiás e Brasil – decidem como aplicar os recursos que são coletados dos cidadãos brasileiros. Cada centavo do R$ 3,7 trilhão do orçamento da União serão aplicados sob o manto do princípio da legalidade (normas criadas nos parlamentos) e a discricionariedade do governante.  Assim também, cerca de R$ 26 bilhões serão gastos em diversas áreas, sob as ordens do futuro governador.

Logo, escolher o representante exige responsabilidade e conhecimento. O eleitor ainda tem tempo de tentar fazer a melhor escolha.

Compartilhe seu amor
Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

Alan inicia seus trabalhos com o único objetivo, trazer a todos informação de qualidade, com opinião de pessoas da mais alta competência em suas áreas de atuação.

Artigos: 18765