
Desembargador do TRF1 que soltou Jayme Rincón ignorou a apreensão de mais de R$ 1 milhão de reais em dinheiro vivo (prova novíssima), que abriu novo rumo para as investigações
O desembargador federal Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), mandou soltar o ex-presidente Jayme Rincón passando por cima da prova mais evidente e escandalosa de todo e qualquer processo que investiga atos de corrupção: a apreensão de R$ 1 milhão de reais em dinheiro vivo em poder de Rincón e do seu motorista. Outros dois juízes que atuaram no processo – um recusando o primeiro pedido de libertação e outro determinando a prisão preventiva – argumentaram que esses recursos capturados agora mostraram que a organização criminosa, “liderada pelo ex-governador Marconi Perillo”, continuava em ação e poderia inclusive conspirar para obstruir as apurações. O dinheiro seria prova novíssima e não coisa de quatro anos atrás, como as demais, conforme alegou Cândido Ribeiro.
Segundo o magistrado, “os elementos de prova até então coletados são suficientes à investigação da autoria, sem necessidade, por hora(sic), de segregação cautelar do ex-presidente da Agetop”. Ele não fez referência à montanha de papel moeda com que os agentes da Polícia Federal se depararam na manhã de sexta-feira passada, 28 de setembro, durante a Operação Cash Delivery.
Pelo sim, pelo não, dez entre dez criminalistas que atuam em Goiás já previam a liberação de Jayme Rincón assim que o habeas-corpus a seu fosse julgado no TRF1, em Brasília. O motivo? “Kakay”, disseram unanimemente todos.
Fonte: Blog do José Luiz Bittencourt.